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Vídeo pró-golpe foi gravado por ator profissional. Saiba quem é

Protagonista da peça compartilhada pela Presidência em canais de WhatsApp diz que foi contratado para “fazer um comercial”

atualizado

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Paulo Aamaral, ator do vídeo pró-golpe
1 de 1 Paulo Aamaral, ator do vídeo pró-golpe - Foto: Reprodução

Protagonista do vídeo pró-golpe divulgado em canais de WhatsApp do Palácio do Planalto no domingo (31/3), o homem que aparece à frente da bandeira do Brasil, agradecendo ao Exército pelo golpe militar de 1964, é um ator profissional especializado em propagandas. Localizado pelo O Globo nesta segunda-feira (1º/4), Paulo Amaral afirmou ter sido contratado no último sábado (30/3) apenas para “fazer um comercial, para ler um texto”.

Sem revelar se apoiava as ideias expostas no vídeo ou o projeto político do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Amaral disse que “não tinha ideia” do que seria feito da gravação e nem que “iria dar esse problema que deu”.

O ator também não quis revelar quem o teria contratado nem quanto ele teria recebido pelo serviço – “é particular”. O Globo então solicitou que ele repassasse o telefone da reportagem aos responsáveis pelo vídeo, que até o momento não entraram em contato.

“Um produtor me chamou e falou ‘Paulo, eu preciso que você faça um texto pra mim, te pago tanto, você faz?’. Eu falei: faço. Mas morreu aí, não sei qual é a produtora, para te dizer a verdade. Foi só isso. Não tinha nenhuma ideia. Só gravei. O rapaz arquivou e não falou se ia ser um comercial, não falou nada”, disse Amaral.

Ele contou ainda que “não tinha a mínima ideia dessa repercussão” e ficou sabendo da divulgação do vídeo no domingo à noite, ao receber uma ligação do filho. Segundo o protagonista do vídeo, ele disse que o comercial “está para cima, para baixo, do lado esquerdo, do lado direito”.

“No momento, não posso falar nada, porque eles estão em reunião para saber o que vão fazer para que eu não seja o prejudicado. Porque eu simplesmente fui contatado para fazer um comercial, para ler um texto. Não tinha ideia, não podia imaginar que ia dar um… esse problema que deu”, afirmou o ator, que contou ter almoçado com diretores e produtores nesta segunda para discutir a repercussão do vídeo.

No Facebook, o perfil de Amaral exibe vídeos de comerciais nos quais ele já atuou. Um deles é sobre investimentos no Banco do Brasil, postado por ele em 2011, na gestão da petista Dilma Rousseff. Em outro, batizado de Frequência Gay e criado para o portal Mix Brasil, ele representa um passageiro que ouve uma música que só seria ouvida por homossexuais e demonstra incômodo. Contra a homofobia, a peça insta o público a rever conceitos. Na rede social, o ator divulgou a propaganda: “Tô na frequência, e você?”.

Ele também aparece em comerciais e fotos ao lado de famosos, como os apresentadores Luciano Huck, Luciana Gimenez e os ex-jogadores de futebol Pelé e Neto. Ele também já participou do programa da Eliana, do SBT, e de uma minissérie da TV Globo. Amaral aparece ainda vestido como Papai Noel em um ambiente que parece ser um bar.

A polêmica
No vídeo, de quase dois minutos, o ator diz que quem tem a idade dele – não informada à reportagem – e se lembra de um momento de “escuridão” para o país. Descreve essa época como um “tempo de medos e ameaças”, em que os “comunistas prendiam e matavam seus compatriotas”. E sugere aos jovens que consultem jornais e filmes do período para saber que “havia medo no ar”, “greve nas fábricas”, “insegurança”.

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