Vice-líder do governo usa Covaxin para defender reforma administrativa
Senador Jorginho Mello manifestou posicionamento favorável à reforma durante depoimento da servidora que autorizou compra das vacinas
atualizado
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O vice-líder do governo, Jorginho Mello (PL-SC), usou o caso da Covaxin para defender, nesta terça-feira (6/7), a reforma administrativa no funcionalismo público federal. O senador manifestou o posicionamento favorável à medida durante depoimento da servidora Regina Célia Silva Oliveira, responsável por autorizar a compra da vacina indiana, à CPI da Covid.
Mello afirmou que a “máquina pública está muito solta” e que a reforma não deve vir para trazer prejuízo aos servidores.
“Mais uma vez, a gente tem que se preocupar em fazer uma reforma administrativa. Está muito solta toda a máquina pública. É preciso se entender com mais clareza compras, pareceres e muitas coisas”, disse.
“Isso nos leva a pensar firmemente a que a gente precisa fazer uma reforma administrativa, não para prejudicar servidor, não para tirar estabilidade. Vamos fazer pensando para frente, para um novo Brasil”, prosseguiu.
A manifestação é um contraponto ao depoimento de Luis Ricardo Miranda, também servidor do Ministério da Saúde e um dos responsáveis por levar ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) as denúncias de irregularidades na compra do imunizante indiano.
Após o depoimento do servidor, o presidente do Sindicato dos Funcionários do Banco Central, Fábio Faiad, defendeu que Luis Ricardo Miranda só topou depor na CPI da Covid contra o esquema de corrupção no Ministério da Saúde por ter estabilidade no emprego.
O caso será usado como exemplo para convencer a opinião pública e os parlamentares nas audiências públicas da necessidade de se manter a instituição da estabilidade para concursados como o instrumento mais eficiente de proteção ao funcionário público contra ameaças e assédios funcionais por parte de autoridades políticas.
Regina Célia presta depoimento após ser citada por Miranda, do Ministério da Saúde, como a pessoa responsável por autorizar a sequência da negociação do contrato com a Covaxin, mesmo com suspeitas de irregularidades.