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“Indústria precisa retomar o protagonismo”, diz Alckmin ao tomar posse como ministro

O vice-presidente Geraldo Alckmin acumulará duas funções no governo. A cerimônia ocorreu no Palácio do Planalto, com a presença de Lula

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Posse de Geraldo Alckmin como Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviço. No detalhe, Alckmin discursa em púlpito com Lula, Janja e Veneziano Vital do Rego o assistindo atrás - Metrópoles
1 de 1 Posse de Geraldo Alckmin como Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviço. No detalhe, Alckmin discursa em púlpito com Lula, Janja e Veneziano Vital do Rego o assistindo atrás - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, foi empossado ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, na manhã desta quarta-feira (4/1), no Palácio do Planalto. A cerimônia estava prevista para as 11h, mas começou às 11h24 por causa de filas para entrar na sede do governo federal, em Brasília.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a primeira-dama do Brasil, Janja, e ministros participaram da solenidade.

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"Determino que sejamos claros quanto aos nossos propósitos. Hora de união e reconstrução", disse Alckmin
Alckmin e Lula
Posse de Alckmin como ministro da Indústria
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a primeira-dama do Brasil, Janja, e ministros participam da posse de Geraldo Alckmin como ministro da Indústria e Comércio
Lula, Janja, Alckmin e esposa no Palácio do Planalto
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"Depois de quatro anos de descaso e má-gestão e de desalinho com os problemas brasileiros, o presidente Lula, com acerto, determinou a recriação do ministério como uma medida fudamental para o Brasil retomar o caminho para o desenvolvimento", afirmou Alckmin

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"Determino que sejamos claros quanto aos nossos propósitos. Hora de união e reconstrução", disse Alckmin

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Alckmin e Lula

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Posse de Alckmin como ministro da Indústria

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a primeira-dama do Brasil, Janja, e ministros participam da posse de Geraldo Alckmin como ministro da Indústria e Comércio

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Lula, Janja, Alckmin e esposa no Palácio do Planalto

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Diversas autoridades acompanharam a posse de Alckmin como ministro da Indústria

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Entre as autoridades presentes está o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino

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Na prática, a pasta tem como função promover o desenvolvimento industrial do país, contribuindo para o crescimento econômico por meio da intensificação do comércio exterior e do fortalecimento do mercado interno.

“Determino que sejamos claros quanto aos nossos propósitos. Hora de união e reconstrução. O esforço de reindustrializar o Brasil e de aperfeiçoar nossa indústria e incluir os trabalhadores na economia não são tarefas episódicas, mas obra de todo o governo comprometido com o futuro melhor e justo para o povo”, afirmou Alckmin.

“Depois de quatro anos de descaso e má-gestão e de desalinho com os problemas brasileiros, o presidente Lula, com acerto, determinou a recriação do ministério como uma medida fudamental para o Brasil retomar o caminho para o desenvolvimento. A reindustrialização é essencial para que possa ser retomado o desenvolvimento sustentável e a justiça social. A indústria precisa retomar o protagonismo, expandido a participação no PIB”, acrescentou.

Alckmin também declarou que a pasta comandada por ele contará com uma Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, tendo como prioridade o desenvolvimento sustentável. A ideia é trabalhar em conjunto com Marina Silva, do Meio Ambiente, para estar em sintonia com as políticas mundiais e assegurar que os produtos brasileiros terão competitividade no comércio.

O chefe da pasta argumentou, ainda, que o fortalecimento da indústria “passa, invariavelmente, pela redução do custo Brasil e pela melhoria do ambiente de negócios do país”. Nesse contexto, uma “reforma tributaria é fundamental”.

Currículo

Natural de Pindamonhangaba (SP), Alckmin começou a trajetória política como prefeito (1977-1982) e vereador de sua cidade natal (1973-1977). Em seguida, foi deputado estadual (1983-1987) e deputado federal (1987-1995).

Governou São Paulo em quatro ocasiões. Na primeira (entre 2001 e 2002), foi alçado de vice a governador após a morte do então titular, Mário Covas. Depois, elegeu-se governador para o mandato de 2003 a 2006 e, posteriormente, comandou o estado em outros dois períodos: de 2011 a 2015 e de 2015 a 2018.

Alckmin e Lula enfrentaram-se no segundo turno da eleição presidencial de 2006, quando Lula se reelegeu. Ele também foi, entre 2017 e 2019, presidente nacional do PSDB, partido pelo qual esteve filiado por 33 anos.

O ex-tucano também disputou a eleição presidencial de 2018, ficando em quarto lugar, com 4,7% dos votos válidos.

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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos
Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula
No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice
O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista
A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República
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Quinze anos depois de concorrerem como rivais nas eleições ao cargo de chefe do Executivo federal, o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) ensaiam formar aliança inusitada para 2022

Ana Nascimento/ Agência Brasil
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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos

Band/Reprodução
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Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula

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No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice

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O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista

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A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República

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O tucano pode, também, agregar mais votos de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país

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De acordo com pesquisa realizada em setembro de 2021 pelo Datafolha, Alckmin estava na liderança para o governo paulista

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A aliança entre os políticos foi oficializada em abril de 2022. A "demora" envolveu, além das questões legais da política eleitoral, acordo sobre a qual partido o ex-governador se filiaria

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Ao ser vice de Lula, Alckmin almeja ganhar ainda mais projeção política, o que o beneficiará durante possível corrida presidencial em 2026

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Pouco antes do Natal, Lula e Alckmin tiveram o primeiro encontro

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Em 18 de março de 2022, Alckmin anunciou a filiação ao PSB, depois de 33 anos no PSDB

Divulgação/ Ricardo Stuckert

Vice-presidente e ministro

Durante todo o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o então vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos), não acumulou funções e apenas comandava o Conselho Nacional da Amazônia (Cnal).

O ex-tucano, no entanto, será ministro e vice-presidente ao mesmo tempo, o que não é uma novidade em governos petistas. Alckmin será o terceiro vice a assumir um ministério, o segundo em um governo Lula. Na primeira vez, o então vice de Lula, José Alencar, foi ministro da Defesa, de 2004 a 2006.

Em 2015, quando o governo Dilma Rousseff já se via ameaçado pelo impeachment, o vice Michel Temer (MDB) comandou a Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política do governo, por um breve período (entre abril e agosto).

Com o acúmulo de funções, Alckmin terá papel importante com setores do empresariado e do agronegócio, devendo também ser um ponto de apoio na articulação com militares, em diálogo com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.

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