Vice da CPI quer quebrar sigilo de empresas ligadas a dono da Precisa
Randolfe Rodrigues defende que a transferência de dados dará ao colegiado acesso às transações fiscais em favor do empresário
atualizado
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O vice-presidente da CPI da Covid-19, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pedirá ao colegiado a aprovação das quebras de sigilos fiscal, bancário, telemático e telefônico de Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos — empresa que intermediou a compra da vacina indiana Covaxin no Brasil.
Randolfe defende que a transferência dos dados das empresas de Maximiano permitirá que a comissão tenha acesso às transações fiscais em favor do empresário, que é alvo de investigação dos senadores.
O sócio da empresa é esperado para depor no colegiado já no retorno dos trabalhos, na próxima semana.
Viagens
Nesta semana, a Polícia Federal encaminhou aos senadores que integram a CPI da Covid dados sobre as viagens à Índia realizadas por Maximiano. A informação foi antecipada com exclusividade pelo Metrópoles.
Documentos enviados aos parlamentares apontam que foram pelo menos duas viagens ao país asiático, ambas por meio do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.
A primeira ocorreu no início de 2021. De acordo com os registros da PF, Maximiano deixou o Brasil em 3 de janeiro de 2021 e deu entrada novamente no país no dia 10 do mesmo mês.
A segunda ida à Índia aconteceu em março deste ano. O sócio da Precisa Medicamentos saiu do Brasil por Guarulhos em 3 de março e retornou ao país, pelo mesmo aeroporto, em 10 de março.
Integrantes da CPI dizem ter indícios de que, em janeiro, Maximiano viajou para a Índia em um jato particular. Para isso, a comissão tenta obter a confirmação junto a órgãos como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Infraero.