Vice da CPI: inquérito da PF contra Miranda é “pressão abusiva”
PF provocou STF para saber se poderia incluir o deputado federal na investigação de suposta prevaricação de Bolsonaro na Covaxin
atualizado
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Vice-presidente da CPI da Covid-19, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) classificou como “abusiva pressão sobre a testemunha” a movimentação da Polícia Federal para tentar incluir o deputado Luis Miranda (DEM-DF) no inquérito que apura suposta prevaricação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no processo de aquisição da Covaxin.
Mais cedo, a corporação provocou o Supremo Tribunal Federal (STF) para saber se poderia investigar Miranda na mesma apuração. O pedido feito pelo ministro da Justiça, Anderson Torres, pede que se investigue suposta denunciação caluniosa do congressista.
Miranda foi quem tornou pública a denúncia de supostas irregularidades nas compras da vacina indiana. Miranda e o irmão servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, foram a Bolsonaro para denunciar as supostas irregularidades nos trâmites. Os irmãos Miranda saíram do encontro com o compromisso de que Bolsonaro mandaria a PF investigar as potenciais ilicitudes, o que não ocorreu.
Segundo Randolfe, o movimento do Ministério da Justiça para atingir Miranda é tentativa de obstrução aos trabalhos da CPI.
“A CPI já está investigando as denúncias dos Miranda. O que não pode é o Ministério da Justiça do governo Bolsonaro obstruir os trabalhos da comissão e confundir os papéis de investigador e investigado. Essa abusiva pressão sobre a testemunha tem nome: Atestado de culpa!”, publicou o senador no Twitter.
Veja:
A CPI já está investigando as denúncias dos Miranda. O que não pode é o Ministério da Justiça do GOVERNO BOLSONARO obstruir os trabalhos da comissão e confundir os papéis de investigador e investigado. Essa abusiva pressão sobre a testemunha tem nome: ATESTADO DE CULPA! https://t.co/2kes7a4cbd
— Randolfe Rodrigues 💉👓 (@randolfeap) July 20, 2021