Vice da CPI diz que suspensão de contrato da Covaxin é “confissão”
“Se não tinha nada de errado, por que irão suspender?”, indagou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
atualizado
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O vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), classificou como “confissão” a decisão do Ministério da Saúde em suspender, nesta terça-feira (29/6), a compra de doses da vacina Covaxin. As possíveis irregularidades cometidas pelo governo federal no processo de aquisição dos imunizantes indianos são investigadas pelo colegiado.
A manifestação do senador foi feita através do Twitter.
Confira:
Se não tinha nada de errado, por que irão suspender? Isso só tem um nome! Confissão! https://t.co/xSC1ZJjFdF
— Randolfe Rodrigues 💉👓 (@randolfeap) June 29, 2021
A compra da Covaxin centraliza uma série de denúncias, entre elas a de que o contrato do Ministério da Saúde, no valor de R$ 1,6 bilhão para aquisição de 20 milhões de doses, foi superfaturado.
O contrato foi submetido à Controladoria Geral da União, que, segundo o Ministério da Saúde, não encontrou irregularidades em uma análise preliminar, mas recomendou suspender para fazer avaliação mais profunda.
Documentos obtidos pela CPI da Covid indicam salto de preços na aquisição do imunizante. O valor contratado pelo governo federal, de US$ 15 por vacina, ficou muito acima do preço inicialmente previsto pelo laboratório Bharat Biotech, de US$ 1,34 por dose.
Inicialmente, o governo negou a compra da Covaxin. Contudo, o site do Ministério da Saúde mostra que o dinheiro para a aquisição está empenhado (reservado para pagamento, sem possibilidade de alteração).
A compra constava no calendário oficial de entregas para 2021. A vacina indiana está no cronograma desde 17 de fevereiro.