Vice da Câmara diz que Bolsonaro “brinca de fazer live e mentir”

O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), afirmou, nesta sexta-feira (23/7), que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) brinca de fazer live e mentir, em vez de trabalhar.

Bolsonaro reafirmou, em entrevista à Rádio Grande FM de Dourados, que vetará “golpe do fundão” de R$ 5,7 bilhões e voltou a responsabilizar Ramos. O parlamentar, por sua vez, voltou a cobrar o veto ao presidente.

“Mais uma vez o presidente que deveria estar cuidando de vacina, emprego e comida pro povo que ele governa, está brincando de fazer live e mentir. Todos já sabem que foi seu governo que colocou os R$ 5,7 bilhões. Por que não vetou até agora? Vai trabalhar, Bolsonaro!”, escreveu Ramos.

Mais uma vez o presidente que deveria estar cuidado de vacina, emprego e comida pro povo que ele governa, está brincando de fazer live e mentir. Todos já sabem que foi seu governo que colocou os 5,7 bi. Por que não vetou até agora? Vai trabalhar, Bolsonaro!

— Marcelo Ramos (@marceloramosam) July 23, 2021

No último domingo (18/7), Bolsonaro culpou Ramos pela aprovação do fundão. O parlamentar conduziu as sessões do Congresso que analisaram a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2022; o texto apresentado continha o aumento da quantia reservada ao fundão de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões. O relator da proposta foi o deputado Juscelino Filho (DEM-BA).

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Marcelo Ramos, do PSD do Amazonas

Jefferson Rudy/Agência Senado

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Marcelo Ramos presidiu a sessão

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

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Diversos partidos cobiçam a filiação de Ramos, dentre eles o PSD

Rafaela Felicciano/Metrópoles

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Ramos já avisou que não estará no mesmo palanque que Bolsonaro, mais novo filiado ao PL

Igo estrela/Metrópoles

Em resposta, Ramos afirmou que o titular do Palácio do Planalto corre de suas responsabilidades e obrigações, e lembrou que não votou na matéria, pois estava presidindo a sessão.

O parlamentar, no entanto, destacou que os filhos do presidente, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), votaram favoravelmente ao aumento do fundão.

Bolsonaro afirmou diversas vezes que vetará o aumento do fundão, mas ainda não o fez. O Palácio do Planalto articula um acordo para reduzir o fundão para R$ 4 bilhões. Ramos cobra o veto total.