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ViaJair: Bolsonaro intensifica viagens, baixa tom e vê popularidade crescer

Enquanto a família do presidente se vê envolta em polêmicas, ele evita fazer comentários e se aproxima do eleitorado em vários estados

atualizado

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Presidente Jair Bolsonaro no Planalto após orar com pastores
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro no Planalto após orar com pastores - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A família Bolsonaro tem sido o pilar de diversas polêmicas. Mas, apesar da chuva de críticas contra posturas do clã, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) viu a sua popularidade subir na última pesquisa Datafolha. Ele teve a melhor aprovação desde o início do mandato. Em agosto, o chefe do Executivo intensificou o número de viagens nacionais, ficando mais próximo do eleitorado. Ele também baixou o tom, evitando comentar – ou iniciar – crises.

Neste ano, em meio à pandemia de coronavírus, o presidente fez 18 viagens nacionais. O único mês em que ele não viajou foi em maio – quando o pico da doença foi atingido no Brasil. Só nas duas primeiras semanas deste mês, Bolsonaro viajou três vezes e já tem um destino marcado para a próxima semana. Esse número é maior que a média, que é de 3 trajetos por cada mês. E viajará novamente nesta segunda Aracaju, ampliando o número.

Em janeiro, fevereiro, junho e julho, o chefe do Executivo fez três viagens. Já em abril, foram 2 e, em março, 1. Os destinos mais visitados foram Rio de Janeiro e São Paulo, com 4 viagens para cada local. Depois, Goiás, Pará e Rio Grande do Sul empatam com duas.

Em agosto, foram 3 idas a outros estados – São Paulo, Pará e Rio de Janeiro. Para o dia 17 deste mês, ele já tem uma viagem agendada para Sergipe.

Bolsonaro intensificou o número de trajetos nacionais após ter se curado do coronavírus. Ele chegou a cumprir medidas de isolamento social quando testou positivo para a doença, em 7 de julho. O chefe do Executivo teve três resultados positivos para o vírus.

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Bolsonaro almoça com embaixador americano e ministros
Bolsonaro, ministros e o embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman
Bolsonaro, sem máscara, fala com apoiadores
Bolsonaro durante coletiva no Palácio do Planalto
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Bolsonaro já testou positivo para o novo coronavírus e disse ter tomado cloroquina no tratamento

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Bolsonaro almoça com embaixador americano e ministros

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Bolsonaro, ministros e o embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman

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Bolsonaro, sem máscara, fala com apoiadores

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Bolsonaro durante coletiva no Palácio do Planalto

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Presidente circulando de máscara pelo Palácio da Alvorada

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Bolsonaro apresenta caixas de cloroquina a apoiadores e à imprensa, em abril de 2020

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Em 26 de março de 2020, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) levou uma caixa do medicamento Reuquinol para a reunião com os líderes do G20, que tratou da crise global da pandemia do novo coronavírus

Marcos Corrêa/PR

 

Sem pandemia, mais viagens

Em 2019, quando não havia nenhum sinal do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro fez 39 viagens nacionais e 7 internacionais. Só em maio do ano passado, ele foi 11 vezes para diferentes estados. Ao todo, o chefe do Executivo visitou 14 unidades Federativas.

Para SP, ele foi 11 vezes. Logo depois, o destino mais popular foi o Rio de Janeiro, somando 8 viagens. Para fechar o pódio, Paraná e Goiás empatam com 3 visitas cada. Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul receberam 2 vezes o presidente.

Os dados foram levantados com base no Portal da Transparência, pelo MDados, núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles.

Polêmicas populares

O presidente tem sido mais reservado em suas declarações ao público. Enquanto a esposa, a primeira-dama Michelle Bolsonaro, teve o nome associado ao ex-assessor Fabrício Queiroz, Bolsonaro evitou comentários.

Foi revelado que foram feitos 27 depósitos por Fabrício Queiroz e sua mulher, Marcia Aguiar, na conta de Michelle, entre 2011 e 2016. As transferências em cheque somam R$ 89 mil, mais que o dobro do empréstimo de R$ 40 mil que Bolsonaro disse ter concedido a Queiroz no passado.

Michelle se envolveu em outra polêmica nesta semana. Dessa vez, por um assunto familiar. A avó da primeira-dama, Maria Aparecida Firmo Ferreira, de 80 anos, morreu vítima de Covid-19. Após a morte, um integrante da família divulgou mensagens nas quais acusa Michelle de abandoná-los.

Esse foi mais um tema do qual Bolsonaro se esquivou. Ele não soltou nenhuma declaração a respeito da discussão de Michelle com a família dela. Além disso, também não comentou o curso das investigações do Ministério Público sobre a contratação de funcionários “fantasmas” pelo filho, o vereador Carlos Bolsonaro. O MP viu “indícios da prática” desde o primeiro mandado dele na Câmara do Rio.

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Ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto
Primeira-dama Michelle
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Damares, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e o presidente Jair Bolsonaro em cerimônia no Planalto

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Ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto

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Outro lado

O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Comunicação da Presidência para questionar o porquê do aumento de viagens, mas não obteve retorno. O espaço permanece aberto.

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