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Vereadoras acionam Justiça contra Milton Ribeiro por falas sobre Enem

Erika Hilton (Psol) e Maria Marighella (PT) acreditam que o ministro cometeu improbidade administrativa

atualizado

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Ministro Educação Milton Ribeiro
1 de 1 Ministro Educação Milton Ribeiro - Foto: null

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, foi mencionado em uma representação ao Ministério Público Federal, das vereadoras Erika Hilton (PSol) e Maria Marighella (PT), por falas relacionadas ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Hilton e Marighella acreditam que o ministro cometeu improbidade administrativa. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.

“Temos neste caso uma nítida confissão de irresponsabilidade para com os bens públicos, deixando ainda fortes indícios de que a organização do exame de 2021 seguirá os mesmos parâmetros de desperdício orçamentário”, dizem as parlamentares no pedido ao MPF.

Durante a audiência no Senado, na qual o chefe da Educação usou para se desculpar sobre falas discriminatórias contra crianças portadoras de deficiência, ele disse que jogou R$ 300 milhões “na lata do lixo” com alunos que faltaram ao Enem.

 “Inclusivismo”

Ribeiro vem provocando uma série de reações às falas que vem fazendo nos últimos dias. O ministro criticou em mais de uma ocasião a inclusão de alunos com deficiência em turmas da educação básica. Em 19 de agosto, Milton Ribeiro afirmou que há crianças com “um grau de deficiência que é impossível a convivência”.

“Nós temos, hoje, 1,3 milhão de crianças com deficiência que estudam nas escolas públicas. Desse total, 12% têm um grau de deficiência que é impossível a convivência. O que o nosso governo fez: em vez de simplesmente jogá-los dentro de uma sala de aula, pelo ‘inclusivismo’, nós estamos criando salas especiais para que essas crianças possam receber o tratamento que merecem e precisam”, declarou.

Cerca de 5 dias depois, em entrevista à rádio Jovem Pan, Ribeiro disse que o governo federal não concorda com o “inclusivismo”. O chefe da pasta também afirmou que cometeu um erro ao dizer que crianças com deficiência “atrapalhavam” o aprendizado de outros estudantes, mas não abriu mão de dizer que o convívio atrapalha o desenvolvimento de ambos.

No dia 16 de setembro, na Comissão de Educação, Esportes e Cultura do Senado Federal, Ribeiro se desculpou em público pelas falas. “O termo usado foi um grande erro”, disse o ministro. “As minhas colocações não foram as mais adequadas e imediatamente quando percebi isso, fui às minhas redes sociais para me desculpar com as pessoas que magoei”, justificou aos senadores presentes na comissão. “Reitero meu sincero pedido de desculpas a todos os que se sentiram ofendidos após as minhas declarações em entrevista”, completou.

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