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Vereador de Curitiba nega “invasão” de igreja em protesto por Moïse

Após o protesto, igreja e manifestantes entraram em acordo para um ato conjunto contra o racismo a ser realizado no próximo sábado (12/2)

atualizado

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Rodrigo Fonseca/Câmara Municipal de Curitiba
Vereador Renato Freitas
1 de 1 Vereador Renato Freitas - Foto: Rodrigo Fonseca/Câmara Municipal de Curitiba

Após ter sido citado em postagem do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), nesta segunda-feira (7/2), o vereador de Curitiba Renato Freitas (PT) explicou que os manifestantes entraram na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de São Benedito, na capital paranaense, quando a missa já havia terminado e após uma tentativa de o padre da igreja tentar calar o protesto. O político e um grupo de manifestantes realizaram ato contra o assassinato do congolês Moïse Kabagambe no Rio de Janeiro.

Vídeos da manifestação dentro da igreja circularam nas redes sociais no fim de semana, principalmente de apoiadores do presidente, que consideraram abusiva a “invasão” do templo pelos manifestantes que gritavam a palavra “racismo”.

“Ressaltamos que não houve invasão à Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de São Benedito, pois ela se encontrava aberta e a missa já havia terminado, COMO FACILMENTE SE CONSTATA NAS IMAGENS, já que o lugar estava vazio”, explicou o vereador por meio de suas redes sociais.

“Entramos na igreja como parte simbólica da manifestação, uma vez que foi construída em 1737, durante o regime de escravidão, por pessoas pretas e para pessoas pretas, a quem era negado o direito de entrar em outros lugares”, argumentou.

O protesto ocorreu no último sábado (5/2). Os manifestantes pediam justiça pela morte de dois homens, entre eles o congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, na cidade do Rio de Janeiro.

Nesta segunda, Bolsonaro informou ter acionado o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos para acompanhar o caso.

Ato conjunto

De acordo com informações do PT, após a repercussão das imagens, que provocaram uma nota de repúdio da arquidiocese de Curitiba, o vereador se reuniu com pessoas responsáveis pela administração da igreja e com auxiliares do padre e da arquidiocese. Na reunião, eles chegaram a um consenso e combinaram a realização de um ato conjunto “pela paz” a se realizar no próximo sábado (12/2), às 17h. A manifestação será acompanhada de uma missa.

De acordo com o vereador, haverá ainda uma atividadecom a população de rua “para estreitar os laços, evitar conflitos e ampliar o diálogo”.

O deputado Zeca Dirceu (PT-PR) também divulgou em suas redes sociais o chamado para o protesto no próximo sábado.

8 imagens
Chadrac Kembilu, primo do congolês Moïse, morto na Barra
Chadrac Kembilu, primo de Moïse Kabagambe, junto de Moïse Eureka
Chadrac Kembilu e Moïse Eureka: na luta contra a impunidade
Chadrac Kembilu e Moïse Eureka: amigos do jovem assassinado
Moïse Kabagambe, de 24 anos
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Câmera registra agressão contra congolês Moïse

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Chadrac Kembilu, primo do congolês Moïse, morto na Barra

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Chadrac Kembilu, primo de Moïse Kabagambe, junto de Moïse Eureka

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Chadrac Kembilu e Moïse Eureka: na luta contra a impunidade

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Chadrac Kembilu e Moïse Eureka: amigos do jovem assassinado

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Moïse Kabagambe, de 24 anos

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A Justiça decretou a prisão cautelar de Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, conhecido como “Dezenove”, Brendon Alexander Luz da Silva, o “Totta”, e Fábio Pirineus da Silva, o “Belo” pela morte do congolês

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Moïse Kabagambe foi morto a pauladas, no final de janeiro, no quiosque onde trabalhava na Barra da Tijuca

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