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Venezuela ordena expulsão de embaixador brasileiro do país

Diplomata havia viajado para o Brasil em função das festas de fim de ano e não poderá retornar a Caracas

atualizado

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Agência Senado
CRE – Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional
1 de 1 CRE – Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional - Foto: Agência Senado

A Assembleia Constituinte da Venezuela ordenou, neste sábado (23/12), a expulsão do embaixador brasileiro Ruy Pereira da capital venezuelana. O diplomata foi declarado “persona non grata” e não poderá permanecer no país. Pereira teria viajado ao Brasil na sexta (22) para as festas de fim de ano e não deve retornar a Caracas.

A ex-chanceler venezuelana Delcy Rodríguez teria afirmado que o status de “persona non grata” do diplomata brasileiro se manterá “até que se restitua o fio constitucional que o governo de fato rompeu neste país irmão”. Também foi confirmada a expulsão do encarregado de negócios da embaixada do Canadá.

Brasil e Canadá questionaram a decisões recentes da Constituinte. Na sexta (22), o governo brasileiro emitiu nota oficial na qual assegura que “repudia o contínuo assédio do regime de Nicolás Maduro à oposição venezuelana, com a arbitrária dissolução dos governos municipais de Caracas e Alto Apure e a imposição de exigências que comprometem a participação de importantes partidos de oposição no processo eleitoral. São medidas que desmentem o anunciado interesse do governo venezuelano em buscar uma solução negociada ou duradoura para a crise”.

Na mesma nota, o governo Michel Temer afirma que “o Brasil insta o governo Maduro a reconhecer a gravidade do quadro humanitário e autorizar a necessária ajuda internacional para fazer frente às carências que afligem a sociedade venezuelana, em particular em matéria de alimentação. O Brasil reitera sua firme disposição em doar medicamentos e alimentos ao querido povo venezuelano”.

Ruy Pereira retornou em julho à Venezuela. O diplomata havia sido chamado ao Brasil para consultas em setembro do ano passado, após atritos com o governo de Maduro por críticas ao processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Itamaraty
Em nota divulgada neste sábado (23), o Ministério das Relações Exteriores afirmou que, caso confirmada a expulsão do diplomata brasileiro, o Brasil “aplicará as medidas de reciprocidade correspondentes”. “Essa decisão demonstra, uma vez mais, o caráter autoritário da administração Nicolás Maduro e sua falta de disposição para qualquer tipo de diálogo”, dizia o documento.

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