metropoles.com

Venezuela: “Não foi o Brasil que seguiu os EUA”, diz Ernesto Araújo

Em texto na internet, o chefe do Itamaraty afirma que Brasil tirou americanos da inércia em relação ao país latino-americano

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Igo Estrela/Metrópoles
guaido e ernesto araujo
1 de 1 guaido e ernesto araujo - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, escreveu em seu blog que o governo de Jair Bolsonaro (PSL) foi o principal responsável por mudar a balança na crise da Venezuela. No texto publicado nesta segunda-feira (4/3), Araújo afirma que “não foi o Brasil que seguiu os EUA, mas antes o contrário”.

Na postagem, intitulada “Contra o consenso da inação“, o ministro afirma que uma “grande liderança democrática” da Venezuela disse a ele que as iniciativas do Brasil tiraram os Estados Unidos da inércia para “virem colocar seu peso político em favor da transição democrática”.

“Quem não acreditar, pergunte aos venezuelanos que lutam por sua pátria, e que passarão à história como heróis da liberdade. Perguntem a eles o que acham da política externa de Bolsonaro”, defende o ministro (de barba, na foto em destaque, ao lado do presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó).

Críticas
Araújo segue o texto reclamando das críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), feitas pelo Twitter na semana passada, sobre a atuação do governo brasileiro no caso. FHC disse que novas eleições são o caminho para o país vizinho e “intervenções militares não conduzem à democracia”. Em resposta, Araújo escreveu que FHC usa “o mais surrado dos artifícios retóricos” ao criar uma falsa dicotomia.

Após a visita do autoproclamado presidente interino venezuelano, o oposicionista Juan Guaidó, Araújo afirmou que o Brasil irá convencer Rússia e China a apoiar o projeto proposto pelos Estados Unidos para iniciar o processo em torno de novas eleições presidenciais na Venezuela.

O ministro se reuniu com o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), e afirmou que a decisão de não intervir militarmente no país vizinho estava mantida para o Brasil, Estados Unidos e demais países apoiadores de Guaidó.

Pouco após as declarações de Araújo, que também descartou qualquer diálogo com o presidente venezuelano Nicolás Maduro, Mourão disse que “alguém tem que conversar” e tentar resolver o impasse no país vizinho.

A postura do ministro das Relações Exteriores em relação à Venezuela tem desagradado o generalato no governo, especialmente após Araújo assinar um documento do Grupo de Lima que envolvia questões ligadas à ala militar sem consultar os generais.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?