“Veio em boa hora”, diz Bolsonaro sobre alta de 0,6% no PIB
O presidente disse que essa era a “boa noticia” desta terça e atribuiu o sucesso aos aconselhamentos com ministros e sua família
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (03/12/2019) que o crescimento de 0,6% do PIB (Produto Interno Bruto) no terceiro trimestre não estava no radar de analistas econômicos, mas já era esperado pelo governo.
Ao participar do “Fórum: O Controle no Combate à Corrupção”, em Brasília, evento realizado pela Controladoria Geral da União (CGU), o presidente comemorou o resultado e disse que isso é consequência de uma postura que adotou de sempre se aconselhar com sua família, primeiramente, e com ministros do governo, depois.
“A boa notícia que eu posso dar é o anuncio do crescimento do PIB nesse trimestre de 0,6%. É algo que era inesperado para analistas econômicos mas, da nossa parte, sabíamos que viria uma boa notícia”, disse.
“E ela veio em uma boa hora. E a previsão de nossa equipe econômica para o próximo trimestre é crescer. O Brasil está crescendo. E nós pegamos o Brasil em uma crise ética, moral e econômica bastante grave. Com o trabalho desses conselheiros que se tem aqui agora nós estamos obtendo sucesso”, prosseguiu o presidente.
Ao abrir seu discurso, o presidente recusou um versículo da Bíblia: “Por uma tremenda coincidência, o que eu vi hoje no Provérbio 24/6 tem a ver com o nosso trabalho. O trabalho de todos nós aqui. Diz lá: Quem sai a guerra precisa de orientação. Até aí, tudo certo com o o meu prezado general Heleno (GSI). E termina: Com muitos conselheiros se obtém a vitória”, proclamou o presidente.
“Os meus conselheiros, além da população a qual eu devo lealdade, são essas pessoas e aquelas que estão aos seus lados. Por mais que me acusem de autoritário, as decisões que eu tomo eu ouço, em grande parte esses atores que acabei de citar porque a chance de errar é mínima. E a chance de vitória realmente passa a ser a maior possível”, concluiu Bolsonaro.
O presidente participou da abertura do evento na CGU sobre o combate à corrupção e disse esperar que o fórum traga resultados.
“Quero desejar a todos boa sorte. Que seja bastante profícuo e que de concreto venha sair daqui, realmente, algo que ajude para que nós, no futuro venhamos a entregar ao nosso sucessor um Brasil bem melhor do que recebemos em janeiro do corrente ano”, disse Bolsonaro.
Acordo de leniência
Antes, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, discursou e elogiou a atuação das polícias no combate à corrupção que, na avaliação do ministro, atuam de forma autônoma.
Toffoli elogiou leis já aprovadas no país, mas disse que é preciso avançar na legislação em relação aos acordos de leniência, firmados com empresas flagradas em atos de corrupção.
Na visão do presidente do STF, tão logo firmados os acordos e cumpridos tanto pelas empresas, quanto pelo Estado, é necessário que essas empresas possam voltar a firmar contratos com os órgãos públicos.
“Se por um lado, no aspecto individual, a colaboração premiada deu uma garantia de que aquilo que foi combinado será cumprido pelo Estado, na questão do acordo de leniência, ainda temos que aprimorar mais este instituto.
“Isso porque, quando se diz respeito às empresas, às pessoas jurídicas, temos aí uma série de instituições que acabam tenho competência múltiplas. Essas competências, muitas vezes geram uma insegurança de se dar o atestado de que aquele empresa está pagando elo erros que comentou, está devolvendo os valores devidos e se coloca novamente no mercado de uma maneira limpa para atuação”, defendeu o ministro.