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“Vamos beirar a informalidade”, diz Bolsonaro sobre reforma trabalhista

No café da manhã com empresários chilenos, o presidente disse que a equipe econômica quer desburocratizar o Brasil

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1 de 1 bolsoanro chile - Foto: Reprodução/Nbr

Enviada especial a Santiago (Chile) —No café da manhã com empresários chilenos, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) falou da desregulamentação da legislação trabalhista no Brasil e de mudanças no mercado de trabalho.

Segundo o presidente, no Brasil, deve-se chegar a uma situação que ele definiu como “beirar a informalidade”. Bolsonaro falou sobre o assunto ao explicar que a equipe do ministro Paulo Guedes pretende “desburocratizar” a economia.

“A nossa equipe econômica que desregulamentar muita coisa. Eu tenho dito que na questão trabalhista nós devemos beirar a informalidade porque a nossa mão de obra talvez seja uma das mais caras do mundo. A Consolidação das Leis Trabalhistas não se adequa mais à realidade”, afirmou o presidente.

Bolsonaro também falou sobre as dificuldades de aprovação da reforma da previdência, que reconheceu ser “traumática”, e sobre a crise com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

Bolsonaro admitiu que está tendo “atritos” no encaminhamento da reforma na Câmara e os atribuiu ao que chama de velha política, explicação que tem desagradado a Rodrigo Maia. O presidente disse ainda que a responsabilidade pela aprovação da reforma “está, neste momento, com o parlamento brasileiro”.

Ao falar da crise com o Legislativo, o presidente não se referiu nominalmente a Rodrigo Maia, mas deixou claro que se referia aos problemas que está tendo no momento atual, enquanto está na viagem ao Chile.

“Os atritos que acontecem no momento, mesmo estando calado fora do Brasil, acontecem na política lá dentro porque alguns, não são todos, não querem largar a velha política, que infelizmente nos colocou numa situação bastante critica em que nos encontramos”, disse Bolsonaro. O chefe do Executivo nacional associou as dificuldades de tramitação da reforma à permanência da política do “toma lá dá cá”.

O presidente avaliou que encontra resistências na Câmara por ter desagradado políticos ao montar seu ministério. “Escolhemos um corpo técnico, pessoas que queriam participar do governo por patriotismo. Isso desagradou os políticos tradicionais porque pegamos o Brasil numa profunda crise ética, moral e econômica. Hoje, somos os campeões de corrupção”, afirmou aos empresários.

E completou: “Na política tradicional existem essas reações por parte de alguns da classe política. Mas acredito que a maioria não esteja contaminada pela velha política. Nós precisamos fazer as reformas”, afirmou.

Bolsonaro disse ainda que acredita na aprovação das mudanças constitucionais e espera alterações na proposta, a serem feitas pelos parlamentares. O tema da previdência tomou boa parte do discurso aos empresários, com o presidente buscando se mostrar empenhado na implantação das mudanças para tirar o país da crise.

“Nós temos que dar certo. Não é um plano meu, do presidente, do meu governo. É do Brasil. Nós não temos outra alternativa a não ser fazer as reformas. Não é apenas o governo federal que tem uma dívida bastante grande. A maioria dos estados e dos municípios está no mesmo caminho”, avaliou Bolsonaro.

Depois do café com os empresários, Bolsonaro foi recebido pelo presidente chileno, Sebastián Piñera, no Palácio de La Moneda, para uma visita de Estado. Ao discursar sobre os acordos assinados entre os dois países, Bolsonaro voltou a falar da Previdência. “Queremos aprová-la. É o único caminho para alavancar o Brasil para o lugar de destaque que merecemos. A responsabilidade está com o parlamento brasileiro. Essa não é uma questão de governo. É uma questão de Estado, para que não aconteça com o Brasil o que houve em outros países, como alguns da Europa”, disse o presidente.

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