Valdemar sobre operação da PF contra Bolsonaro: “Choca qualquer um”

Valdemar Costa Neto, no entanto, minimizou situação, afirmando que buscas na casa de Bolsonaro investigam apenas “um cartão de vacina”

05/05/2023 16:48, atualizado 05/05/2023 16:48

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Breno Esaki/Especial Metrópoles

1 de 1 Valdemar Foto colorida do presidente do PL Valdemar Costa Neto - Metrópoles - Foto: Breno Esaki/Especial Metrópoles

Nesta sexta-feira (5/5), o presidente nacional do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, se pronunciou pelas redes sociais e afirmou considerar um “choque” a ida da Polícia Federal (PF) à casa de Jair Bolsonaro por causa de “um cartão de vacina”. A PF foi à casa do ex-presidente da República nessa quarta-feira (3/5) para realizar buscas por uma suposta fraude no cartão de vacinação.

“É um choque você ver a PF na casa de um ex-presidente por causa de um cartão de vacina. Isso choca qualquer um”, disse em suas redes sociais. “Ele voltou [para o Brasil] disposto, animado”, completou.

Assista:

pic.twitter.com/Bz5tsDSNJB

— Valdemar Costa Neto (@CostaNetoPL) May 5, 2023

Entenda o caso

A investigação que faz parte da Operação Venire, deflagrada nessa quarta pela PF, identificou a formação de uma associação criminosa para inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS, do Ministério da Saúde. O objetivo seria beneficiar várias pessoas ligadas ao círculo próximo de Bolsonaro.

Com isso, a PF identificou a falsificação das carteiras de vacinação emitidas por duas secretarias de Saúde: a do estado de Goiás e a do município de Duque de Caxias (RJ), com tentativa de inserção de dados falsos em sistemas do Ministério da Saúde.

No caso do Rio de Janeiro, a falsificação ocorreu em benefício da esposa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e preso na operação, Gabriela Santiago Ribeiro Cid.

A PF identificou que Mauro Cid buscou alternativas para confeccionar um certificado físico de vacinação contendo doses da vacina contra a Covid-19 em benefício de sua esposa e também de Luis Marcos dos Reis, então um dos integrantes da Ajudância de Ordens da Presidência da República.

Também houve tentativa de incorporação do médico Farley Vinicius Alcantara, sobrinho de Luis Marcos dos Reis. Em seguida, a sociedade criminosa teve a incorporação do militar Eduardo Crespo Alves, que tentou, por intermédio de terceira pessoa ainda não identificada, inserir os dados falsos nos sistemas do Ministério da Saúde para emissão do certificado vacinal.