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“Vai ter um partido de direita para 2022”, promete Jair Bolsonaro

Presidente não confirma candidatura à reeleição, mas diz que está “namorando” alguns partidos, “para o pessoal poder se preparar para 2022”

atualizado

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Bolsonaro entrevista
1 de 1 Bolsonaro entrevista - Foto: Reprodução

“Pessoal da direita aí, vai ter partido de direita para 2022”, A declaração é do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e foi dada ao programa “O Brasil precisa saber“, via YouTube, neste sábado (19/12). Entrevistado pelo filho 03, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o presidente avaliou que pode não conseguir fundar o próprio partido, o Aliança pelo Brasil, e caso isso não ocorra até março de 2021, vai anunciar a legenda pela qual deverá disputar a reeleição.

“Está difícil, burocratizou-se muito a questão da formação de partido. Se eu tivesse feito lá atrás um partido, alguns anos atrás, sem problema nenhum. Agora decisão minha: março, se o Aliança não estiver formado em março, é possível formar sim, mas se não estiver formado, já estou namorando aí alguns partidos, vou fechar com um, para esse pessoal poder se preparar para 2022”, disse Bolsonaro.

Mesmo adiantando que já está com alguns partidos em vista, o presidente assegurou que não pensa em 2022. “É como um parto: depois de nove meses, a criança vai nascer. Então quando chegar 2022, a gente decide se disputa ou não”, ponderou. “Por enquanto, o meu trabalho é focado aqui. Se eu estivesse pensando em eleição em 2022, teria sido ativo nas eleições municipais e não fui”.

Segundo o presidente, ele não fez mais do que “quatro lives de um total de três horas”, citando “alguns nomes de prefeito e vereador pelo Brasil”. “Uns foram eleitos, reeleitos, outros não A imprensa falou que eu perdi: eu pergunto à imprensa quantos prefeitos eu tinha? Zero. Agora quem perdeu foi a esquerda que perdeu barbaramente o número de prefeituras do país”, observou.

Pandemia no fim

Na entrevista ao 03, no dia em que o Brasil contabilizou 186.205 óbitos e 7.200.708 casos de Covid-19, o presidente voltou a minimizar os dados e disse que a “pandemia realmente está chegando ao fim”. Segundo ele, os números “têm mostrado isso aí”, embora levantamento da Universidade John Hopkins indiquem que houve 18,65 milhões de novos casos no mundo em novembro, o maior número registrado em um período de 30 dias desde o início da pandemia.

Para Bolsonaro o que está ocorrendo no Brasil, onde o número de casos da doença também tem crescido, é uma “pequena ascenção, que chamam de pequeno repique, que pode acontecer”.

Mesmo a os números mostrando o contrário do que diz o presidente, ele reafirmou que a pressa em se ter uma vacina não se justifica, pois, ele acrescentou, isso mexe com a vida das pessoas. “Vão inocular algo em você. O seu sistema imunológico pode reagir, ainda de forma imprevista”, observou.

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