“Vai ter mais”, diz Bolsonaro após operação da PF contra Witzel
Residência oficial do governador do Rio de Janeiro foi alvo de mandados de busca e apreensão nessa terça-feira (26/05)
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) revelou nesta quarta-feira (27/05) que vai ter mais operações da Polícia Federal (PF) contra governadores.
Acusado de interferir politicamente na PF, o chefe do Executivo conversou com apoiadores, na saída do Palácio da Alvorada, que o questionaram sobre ação contra Witzel para apurar suposta fraude na Saúde do estado.
Um deles disse que queria “agradecer a Polícia Federal por aquela ação ontem [terça-feira], no Rio de Janeiro, contra aquele governador que não quer nada”.
“Vai ter mais”, interrompeu Bolsonaro, arrancando aplausos dos presentes. “Enquanto eu for presidente, vai ter mais”, prosseguiu, em transmissão no perfil oficial do presidente da República.
Em seguida, o mandatário disse que não tem informações privilegiadas sobre operações da PF. Ele não explicou, contudo, como soube dessas novas ações. “Isso não é informação privilegiada, não. Senão, vão falar que é informação privilegiada” disse.
Operação Placebo
A PF deflagrou nessa terça-feira (26/05) a Operação Placebo, que investiga supostos desvios de dinheiro público na construção de hospitais de campanha no Rio de Janeiro.
O Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador do estado, Wilson Witzel, foi alvo da ação policial. O escritório de advocacia da primeira-dama, Helena Witzel, também foi vasculhado.
O Metrópoles suspendeu a cobertura no Palácio da Alvorada após a escalada da hostilidade contra jornalistas por parte de apoiadores do presidente. A decisão também foi tomada por outros veículos de comunicação.