metropoles.com

Vacinas: Barra Torres diz que Anvisa é agência “mais rápida do mundo”

Em audiência no Senado, nesta quinta-feira (4/3), presidente da agência ressaltou que Anvisa analisou vacinas em nove dias

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Hugo Barreto/Metrópoles
Antonio Barra Torres
1 de 1 Antonio Barra Torres - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Em audiência no Senado, nesta quinta-feira (4/3), o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, negou ter ocorrido ação lenta da agência na análise das vacinas contra o coronavírus, no modo emergencial. Segundo ele, a Anvisa levou nove dias para fazer a análise dos dois pedidos de autorização o que, na sua avaliação, coloca a Anvisa como “a agência mais rápida do mundo”.

“A Anvisa realizou a análise de dois protocolos de análise emergencial para uso vacinal, que foram divulgados em um domingo, que acredito que todos se lembram bem, tendo usado o prazo de nove dias, marca que coloca a Anvisa como agência mais rápida do mundo na análise de protocolos vacinais para uso emergencial”, disse aos senadores.

Torres participou de sessão de debates no Senado sobre a vacinação da população contra a covid-19, requerida pela senadora Rose de Freitas (MDB-ES).

Na sessão, realizada na pior semana da pandemia no Brasil, o presidente da agência fez um apelo para que as pessoas usem máscaras, pratiquem o isolamento social e adotem hábitos no sentido de evitar a contaminação, até que se tenha um número maior de pessoas imunizadas no país.

“Minhas primeiras palavras são: use máscara, efetue o distanciamento social, higienize suas mãos com recursos que estão disponíveis na maioria dos lares brasileiros. Água e o sabão e, se possível, claro, o álcool gel, sempre que disponível. Essas são as medidas. Discutimos hoje um advento poderoso nesse cenário de enfrentamento da pandemia: o advento das vacinas”, disse Barra Torres.

3 imagens
Presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, presta depoimento nesta terça à CPI
Ele participou de reunião com o presidente Jair Bolsonaro
1 de 3

Presidente da Anvisa disse que agência é a mais rápida do mundo

Reprodução/Anvisa
2 de 3

Presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, presta depoimento nesta terça à CPI

Hugo Barreto/Metrópoles
3 de 3

Ele participou de reunião com o presidente Jair Bolsonaro

Leopoldo Silva/Agência Senado
Prazo de sete dias

Barra Torres também disse achar razoável o prazo de sete dias para autorização de uso emergencial de vacinas contra a covid-19, previsto na MP 1.026.

“Não vamos pedir veto. Ao contrário, esperamos que o senhor presidente da República sancione”, afirmou Barra Torres, referindo-se ao texto da medida que foi aprovado no Senado na última terça-feira (2/3) e que aguarda a sanção presidencial.

O presidente da Anvisa explicou que foi contrário a parte da MP anterior, que teve o trecho que tratava do prazo vetado pelo presidente Jair Bolsonaro, não apenas pelo prazo de cinco dias, mas porque ela previa autorização automática para o uso das vacinas.

“Focou muito no prazo. O problema dessa emenda da MP que foi vetada não era a questão fundamentalmente dos cinco dias, era a sentença que dizia que a Anvisa concederá autorização”, explicou.

“Esse não foi o motivo principal”, disse. “Conceder autorização não é efetuar análise. O português é bem claro. Essa medida amputa a capacidade de análise da agência. Esse foi o motivo”, explicou.

Exportação

Barra Torres admitiu a intenção do Brasil de exportar vacinas e que a agência recebeu duas consultas sobre a possibilidade de exportação de vacinas produzidas no Brasil. No entanto, ele considerou que os insumos são estratégicos para o combate à pandemia e só podem ser vendidos para o exterior com autorização da Anvisa.

“Sim, temos a intenção de exportação de vacinas. Tivemos dois documentos nesse sentido primeiramente fazendo consultas. Um e-mail com consultas de procedimentos regulatórios e outro com uma intenção de exportação de vacinas”, relatou.

Na quarta, a Anvisa restringiu a exportação de vacinas e de oxigênio. A restrição é temporária e envolve as ações de proteção da saúde pública estabelecidas pela agência no enfrentamento da pandemia causada pela Covid-19.

Fora da bula

Ao ser questionado sobre as indicações de medicamentos para a cura da Covid-19, como a hidroxicloroquina a invermectina, comumente divulgada por membros do governo e pelo próprio presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), Barra Torres deixou claro que não há medicação específica para tratamento da doença, mas que a Anvisa não pode se responsabilizar pelas chamadas indicações off label.

Tais indicações são feitas por médicos, mas fora do que prescreve a bula de cada medicamento.

“A Anvisa vê o que está na bula. Se o fabricante vê que pode ser utilizado em algo que não está na bula pode pedir para nós a alteração. Enquanto não faz isso, a classe médica tem autorização para utilização fora da bula”.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?