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Uruguai vai extraditar supostos operadores de Sérgio Cabral

Presos em março, Vinícius Claret e Cláudio Fernando Barbosa são acusados de viabilizar repasses ao ex-governador carioca no exterior

atualizado

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1 de 1 juca-bala - Foto: Reprodução

Os operadores financeiros Vinícius Claret e Cláudio Fernando Barbosa, ligados ao ex-governador Sérgio Cabral, serão extraditados do Uruguai para o Brasil. O Ministério da Justiça diz já ter solicitado duas vagas em presídios brasileiros para que eles cumpram prisões preventivas. Ambos são alvo da Operação Calicute, braço da Lava Jato no Rio, e acusados de operacionalizar repasses ao peemedebista no exterior.

Vinícius Claret, conhecido como Juca Bala (imagem em destaque), e Cláudio Barbosa tiveram suas prisões decretadas pelo juiz da 7ª Vara Federal no Rio Marcelo Bretas. Eles foram presos no dia 3 de março pela Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal, em parceria com a Interpol e o Ministério Público do Uruguai. O Ministério Público Federal pediu a extradição dos doleiros.

Segundo o Ministério da Justiça, o “Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) foi autorizado pelo governo uruguaio a extraditar Vinícius Claret e Cláudio Fernando Barbosa”.

A pasta ainda diz ter solicitado a “indicação de vaga em presídio brasileiro para custódia dos extraditandos, além de transmitir a informação à Interpol/PF para que providencie a logística de transporte”.

Alvos de delações
No âmbito da Calicute, eles foram delatados pelos irmãos e também operadores Renato e Marcelo Chebar. Os Chebar revelaram que, em 2007, com “o aumento do ingresso do volume de recursos no esquema Cabral, tiveram de adquirir dólares no mercado paralelo”.

“As operações com os clientes do IDB/NY (Israel Discount Bank of New York) já não eram mais suficientes”, disseram. Acionaram, então, “um doleiro de apelido ‘Juca'”, referência a Juca Bala.

Apesar de não identificar “Juca” ou “Juca Bala”, os delatores afirmaram que “ele é brasileiro que mora no Uruguai, mas que tem uma ‘estrutura’ no Rio para movimentar o dinheiro ilícito”.

Os delatores afirmaram que só falavam com o denunciado através do programa de mensagens Messenger, usando um sistema de criptografia. Segundo os irmãos Chebar, o ex-governador do Rio tem US$ 100 milhões escondidos no exterior.

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