Um dia após colisão no interior de SP, Bolsonaro lamenta pelas 41 vítimas
Batida entre ônibus e caminhão deixou 41 mortos. Empresa de ônibus não tinha autorização para operar e tinha uma série de multas
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) lamentou nesta quinta-feira (26/11) o acidente entre um ônibus e caminhão, na manhã de quarta (25/11), que deixou 41 mortos em Taguaí, São Paulo.
“É uma tristeza. Qualquer morte realmente a gente sente e sente muito mais quando são tão jovens, pais, mães filhos. Então os nossos sentimentos aos familiares e amigos dessas vítimas lá em Itaguaí, São Paulo”, disse o presidente durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais (acompanhe mais abaixo).
De acordo a Polícia Militar, foi o maior acidente do ano nas rodovias do estado de São Paulo.
A Rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho é pista simples e não tem pedágios. Segundo a Polícia Militar Rodoviária de Itapeva, não são comuns acidentes naquele local. A pista precisou ser interditada para atendimento da ocorrência.
A causa do acidente ainda está em investigação. A suspeita da polícia é que uma ultrapassagem teria provocado a colisão.
Até o momento, não há indícios de que o ônibus apresentou alguma falha técnica e provocou o acidente.
O ônibus levava cerca de 50 trabalhadores de uma empresa têxtil.
A empresa de ônibus Star Viagem e Turismo não tinha autorização para operar, segundo informações da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp); em nota, a transportadora negou as irregularidades.
Acompanhe a live:
A transmissão ao vivo desta quinta ocorre após o presidente abrir mão de depor à Polícia Federal (PF) e pedir a conclusão do inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura suposta interferência de Bolsonaro na corporação.
A desistência foi informada ao Supremo por meio de uma peça formulada pela Advocacia-Geral da União (AGU).
No documento, o governo informa o desejo de “declinar do meio de defesa que lhe foi oportunizado unicamente por meio presencial”.
“A AGU roga pronto encaminhamento dos autos à Polícia Federal para elaboração de relatório final a ser submetido, ato contínuo, ainda dentro da prorrogação em curso, ao Ministério Público Federal”, continua o órgão.
Inicialmente, o governo queria que Bolsonaro pudesse depor por escrito, em vez de comparecer presencialmente.
O depoimento do presidente é tido como uma oportunidade para concluir as investigações.
O pedido do governo será analisado pelo relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes.
A abertura do inquérito foi autorizada pelo STF em abril, após denúncia do ex-ministro da Justiça Sergio Moro. Ele pediu demissão alegando suposta tentativa de Bolsonaro de interferir na Polícia Federal para proteger familiares e aliados.