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Um ano: Greca voltou a aumentar cargos comissionados em Curitiba

A Agência Lupa verificou que o número diminuiu em janeiro de 2017, primeiro mês do novo prefeito, mas cresceu até dezembro

atualizado

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Reprodução/Twitter
Greca
1 de 1 Greca - Foto: Reprodução/Twitter

Rafael Greca (PMN) tomou posse na Câmara Municipal de Curitiba em 1º de janeiro de 2017 para seu segundo mandato à frente da cidade – o primeiro foi entre 1993 e 1996. Eleito com 53,25% dos votos (461.736), venceu Ney Leprevost (PSD) no segundo turno de 2016. Ainda como candidato, Greca registrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um documento com uma série de propostas de governo. Um ano depois da posse, a Lupa voltou a esse texto para checar como andam algumas dessas promessas. Veja o resultado a seguir:

Everson Bressan/SMCS
Palácio 29 de Março, prédio central da Prefeitura de Curitiba

“[Reduzir o número] de cargos comissionados”
Rafael Greca, prefeito de Curitiba, na página 7 do plano de governo registrado no Tribunal Superior Eleitoral em 2016

Em dezembro de 2016, no último mês da administração Gustavo Fruet em Curitiba, a cidade tinha 492 cargos em comissão. Em janeiro de 2017, no primeiro mês de mandato de Greca, o número caiu para 270 cargos em comissão ativos na administração direta. Mas esse total voltou a subir. Em dezembro de 2017, atingiu 463 funcionários, de acordo com dados obtidos via Lei de Acesso à Informação.

 

Procurado, Greca afirmou que já reduziu a estrutura administrativa e o número de secretarias e órgãos do primeiro escalão. Também afirmou que Curitiba mantém o menor número de comissionados em relação ao total de servidores entre as capitais do país, citando a pesquisa Perfil dos Municípios Brasileiros, do IBGE. Mas esse estudo se refere a 2015, quando Greca ainda não administrava a cidade.

Reprodução/Redes Sociais

“Reduzir o número de secretarias”
Rafael Greca, prefeito de Curitiba, na página 7 do plano de governo registrado no Tribunal Superior Eleitoral em 2016O prefeito Rafael Greca enxugou o total de secretarias. Reduziu de 19 para as atuais 12. Deixaram de existir as secretarias de Trânsito, Trabalho e Emprego, Pessoa com Deficiência e Mulher. Outras pastas foram transformadas em órgãos diferentes ou tiveram fusões, como a extinta Secretaria Municipal do Planejamento e Administração que foi integrada na Secretaria Municipal da Administração e Recursos Humanos e na Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Orçamento.

 

“Ofertar à população serviços on-line para agendamento de consultas
Rafael Greca, prefeito de Curitiba, na página 8 do plano de governo registrado no Tribunal Superior Eleitoral em 2016O aplicativo Saúde Já Curitiba foi lançado por Greca em abril de 2017. Ele permite a marcação do primeiro atendimento com equipes de enfermagem e odontologia pelo celular ou pelo site. Mas não funciona para consultas com especialistas e exames, que precisam ser encaminhados e agendados presencialmente nas Unidades Municipais de Saúde – exatamente como nas gestões municipais anteriores.

O sistema foi desenvolvido pelo Instituto das Cidades Inteligentes (ICI) e, segundo a Prefeitura, custou R$ 149 mil, montante incluído no “contrato de solução global de tecnologia”. De acordo com a administração municipal, o sistema já realizou quase 43 mil agendamentos de enfermagem e está disponível em todas as 110 unidades de saúde.

Mas a avaliação do serviço nas lojas de aplicativos da Apple e do Google indica notas baixas numa escala que vai até 5: 2,5 e 2,4, respectivamente. No site, há reclamações sobre o fato de não ser possível marcar consultas com médicos.

prefeitura diz que “como qualquer outro aplicativo, o Saúde Já está sendo aprimorado na medida da evolução de seu uso.”

Maurilio Cheli/SMCS

“Integrar novamente o transporte municipal com o transporte metropolitano”
Rafael Greca, prefeito de Curitiba, na página 9 do plano de governo registrado no Tribunal Superior Eleitoral em 2016A integração entre o transporte da capital paranaense e da região metropolitana voltou a funcionar em janeiro de 2017. Mas nem todas as linhas foram reconectadas.

Menos de uma semana depois de Greca vencer a eleição para prefeito, o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), anunciou a volta do subsídio estadual à Rede Integrada de Transporte (RIT) da capital paranaense. O repasse havia sido suspenso em 2015, quando o governo do estado decidiu não renovar o convênio que lhe servia de garantia. A RIT é composta exclusivamente de ônibus – não há trens ou metrôs em Curitiba – e permite que os usuários utilizem mais de uma linha de ônibus pagando a tarifa apenas uma vez. Com a suspensão, quem fazia a integração ficou obrigado a pagar duas passagens ou mudar seu trajeto, já que algumas linhas foram extintas.

No dia 16 de janeiro de 2017, o governador e o recém empossado prefeito anunciaram o retorno do sistema. A primeira linha de integração voltou a circular no dia 23 de janeiro. Outras foram reativadas, e o serviço foi ampliado ao longo do ano.

Atualmente, foram retomadas as integrações de três linhas (Colombo/CIC, Araucária/CIC e PUC/Fazenda Rio Grande) e criadas outras duas (Roça Grande/Terminal Santa Cândida e Quatro Barras/Terminal Santa Cândida). Segundo a prefeitura, a linha Fazendinha/Tamandaré está em estudo para implementação e depende da licitação de uma obra para ir adiante.

(Por Plínio Luís Pereira Lopes sob supervisão de Natália Leal)

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