Último discurso de Bolsonaro em 2021 é alvo de panelaço
Ato foi impulsionado tanto por apoiadores como opositores ao governo do presidente Jair Bolsonaro
atualizado
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Foram registrados diversos panelaços pelo Brasil durante o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (PL), na noite desta sexta-feira (31/12). O ato foi impulsionado tanto por apoiadores como opositores ao governo.
Em Brasília, moradores foram às janelas, no Plano Piloto, Sudoeste, Guará e outras regiões administrativas, para apoiar e protestar contra o presidente.
Na Zona Sul do Rio de Janeiro, em Copacabana, também foi possível ouvir as manifestações.
@tvglobo @jornalnacional panelaços por causa do discurso do Bolsonaro pic.twitter.com/InFRdt5Nk6
— MiguelLeB (@miguelbalbov) December 31, 2021
#ForaBolsonaroVagabundo tá lindo em Copacabana.#Panelaco pic.twitter.com/Q7Ej0VOzsP
— Claudio R. 🍃 (@Claudiojrocha1) December 31, 2021
Ainda na capital carioca, moradores do Leme pediram a saída do presidente com gritos de “Fora, Bolsonaro”.
Panelaço in Leme, protesting Bolsonaro during his national address. pic.twitter.com/rqmdGlV8gR
— David Biller (@DLBiller) December 31, 2021
Panelaço em Gonzaga Santos pic.twitter.com/8T47EiRmgg
— sigom sig (@SigomS) December 31, 2021
O discurso
O discurso, transmitido em todos os canais de TV e emissoras de rádio, teve duração de quase 6 minutos e foi gravado com antecedência, antes do mandatário viajar para férias em Santa Catarina.
Na fala, Bolsonaro defendeu o governo, voltou a se opor à obrigatoriedade do passaporte vacinal e criticou rivais políticos.
“Não apoiamos o passaporte vacinal. Nem qualquer restrição àqueles que não desejam se vacinar. Também, como anunciado pelo ministro da Saúde, defendemos que a vacina para as crianças entre cinco e onze anos sejam aplicadas somente com o consentimento dos pais e prescrição médica. A liberdade tem que ser respeitada.”
Mirando o eleitorado fiel, citou investimentos do BNDES no exterior e disse que o governo completou três anos sem corrupção. Além disso, falou sobre a conclusão das obras de transposição do Rio São Francisco e o pagamento do Auxílio Brasil.
Em outro momento, o presidente criticou os governadores dos estados pelas políticas de distanciamento e restrições sanitárias decretadas durante a pandemia. Para ele, foram as medidas econômicas federais que evitaram uma “quebradeira econômica” no país. Na sequência, atacou o programa Bolsa Família, percussor do atual programa de transferência de renda Auxílio Brasil.
Alguns ex-ministros também foram lembrados no discurso. “Formamos um ministério com pessoas capazes para enfrentar a todos os desafios. Ao longo do tempo, alguns o deixaram por livre e espontânea vontade. Outros foram substituídos por não se adequarem aos propósitos da maioria que me elegeu”, disse.
Atualmente, o ex-ministro de seu governo Sergio Moro (Podemos) afirma que estará na corrida presidencial para o próximo ano.
Este foi o terceiro pronunciamento de Bolsonaro em rede nacional neste ano. No ano anterior, o mandatário realizou sete falas à nação.