Twitter suspende mais uma conta do blogueiro foragido Allan dos Santos
O perfil com quase 450 mil seguidores estava no ar desde 2018. No Brasil, Justiça decretou prisão de Allan dos Santos
atualizado
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O blogueiro Allan dos Santos, um dos criadores do antigo site Terça Livre, teve mais uma conta no Twitter suspensa. O perfil com quase 450 mil seguidores estava no ar desde 2018, sob usuário @allannoexilio, amanheceu proibido na manhã desta sexta-feira (5/11).
O Metrópoles questionou a medida do Twitter, que disse que a suspensão se deu porque o perfil violava as regras do Twitter.
O Supremo Tribunal Federal (STF) expediu, no dia 5 de outubro, uma ordem de prisão do blogueiro, a pedido da Polícia Federal – apesar de a Procuradoria-Geral da República ter se posicionado contra. Há mais de um ano, Allan vive nos Estados Unidos, no intuito de ficar isolado das investigações contra ele.
Dono do site Terça Livre, que encerrou suas atividades em meio ao cerco judicial, Santos tem usado o Telegram e um site que abriu nos EUA para provocar e criticar o ministro do STF Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito de atos contra a democracia. Na noite da última terça-feira (2/11), por exemplo, o ativista chamou o magistrado de “tirano, censor e psicopata”.
Dois inquéritos
Santos é investigado no Supremo em dois inquéritos, um sobre a difusão de fake news e um sobre a suposta atuação de milícia digital que atua contra a democracia. Considerado foragido no Brasil, Santos ainda não é buscado pela Interpol nos EUA porque está em andamento o trâmite burocrático para a inclusão de seu nome na Divisão Vermelha da instituição.
Na quarta-feira (3/11), os advogados do blogueiro entraram com pedido de habeas corpus na Suprema Corte contra a ordem de prisão. Ele postou o documento – que ainda não aparece no sistema da Corte – em um canal do Telegram, rede na qual não teve a comunicação banida pela Justiça.
No pedido de habeas corpus, a defesa alega que Allan dos Santos trabalha como jornalista e faz um histórico da atuação do site Terça Livre, que teria acumulado mais de 200 milhões de visualizações de vídeos no YouTube ao longo de sua existência (a partir de 2014). E que foi obrigado a fechar no mês passado, deixando sem trabalho “mais de 50 colaboradores”.