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“Tudo tem como pano de fundo o combate ao desemprego”, afirma Temer

O presidente anunciou nesta quarta (23/8) a liberação de R$ 20 bilhões do BNDES para ser usado como capital de giro para empresas

atualizado

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Michel Temer
1 de 1 Michel Temer - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Michel Temer (PMDB-SP) disse nesta quarta-feira (23/8) que todas as medidas adotadas pelo governo “sempre têm como pano de fundo o combate ao desemprego”. A declaração ocorreu durante anúncio, no Palácio do Planalto, da liberação de R$ 20 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por meio do BNDES Giro, para ser usado como capital de giro das micro, pequenas e médias empresas.

Temer reforçou que quando o banco se volta para este segmento da economia, “estamos pensando no social”. Para o presidente, “há urgência de concessão de crédito” do BNDES Giro para este segmento, que são “as campeãs do emprego e desenvolvimento do nosso país”.

O peemedebista também salientou que os recursos dão “injeção de vitalidade nas micro, pequenas e médias empresas” e ” neste momento, o Giro dá vitalidade a estas empresas que são presença de dinâmica e de peso no comércio, na indústria e no serviço”.

Encomenda
Na cerimônia, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou que a pasta entrega “uma encomenda” ao anunciar o BNDES Giro. Segundo ele, a estimativa é que a taxa da nova linha seja de 1,5% ao mês, o que significa 19% ao ano. “Uma redução de 30% no custo financeiro médio no crédito de giro para as PMEs”, disse.

Dyogo destacou ainda que a digitalização de todo o processo na concessão de crédito foi fruto de uma discussão técnica e profunda com os bancos privados. “Os bancos vão incluir em suas prateleiras acesso a essas linhas de forma digital. O resultado disso será que, em 24 horas, o dinheiro vai estar disponível”, afirmou.

De acordo com o BNDES, a nova linha passa a integrar o novo sistema de aprovação automática de operações do Banco, chamado de BNDES Online. A plataforma conecta os processos automatizados dos agentes financeiros aos do BNDES, visando ganho de eficiência, celeridade e segurança.

Dyogo afirmou ainda que o momento para lançar o programa é “particularmente conveniente”, pois a economia brasileira está “no início da retomada”. O ministro disse ainda que a retomada é fruto das reformas que o governo está implementando e que essas ações de restabelecimento para as bases do crescimento, que permitirão que o Brasil tenha no futuro “um longo período de crescimento”.

Projeções
O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, afirmou que é difícil estimar números para a linha de crédito lançada para micro e pequenas empresas, mas que seria “razoável” acreditar que os recursos possam atingir até 200 mil clientes.

Segundo ele, “especulando números”, com esse universo possível de 200 mil clientes e um tíquete médio de R$ 100 mil, é possível chegar ao montante de R$ 20 bilhões, que o banco disponibilizará para a nova linha.

TLP
Também presente no evento de lançamento do BNDES Giro, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reafirmou a defesa da agenda de reformas e medidas no mercado de crédito que tem como uma das principiais ações a criação da nova Taxa de Longo Prazo (TLP). Em discurso, ele argumentou que essa agenda permitirá ao Brasil ter custo menor do crédito e inflação controlada pelo Banco Central com juro menor.

Entre as ações, Meirelles destacou o projeto de criação da nova TLP em substituição à Taxa de Juro de Longo Prazo (TJLP). “A reforma da TJLP alinha o mercado de crédito e permite ao BC controlar a inflação com juros menores”, comentou.

Meirelles também lembrou das ações que deverão reduzir o spread bancário — margem cobrada pelo banco — do crédito para dar mais garantias às operações, como a lei de recuperação judicial e o aumento dos colaterais em empréstimos.

Sobre a lei de recuperação, o ministro comentou que o projeto está pronto para ser encaminhado ao Congresso Nacional. Ao lembrar que a crise deteriorou as condições financeiras de muitas empresas, o ministro da Fazenda defende a importância de que o governo crie “uma porta de saída” para as companhias que estão em situação de recuperação judicial.

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