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“Tudo como dantes no quartel de Abrantes”, diz Mourão sobre Petrobras

Mourão disse que o general Joaquim Silva e Luna sai do comando da Petrobras “tranquilo”, e que com o novo presidente não há mudança à vista

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Hamilton Mourão, atual vice-presidente do Brasil. Ele veste terno e gravata e tem cabelos escuros – Metrópoles
1 de 1 Hamilton Mourão, atual vice-presidente do Brasil. Ele veste terno e gravata e tem cabelos escuros – Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Após tecer elogios ao ex-presidente da Petrobras Joaquim Silva e Luna, o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) disse acreditar que, pelo perfil do novo titular da estatal, nada mudará na política de preço dos combustíveis.

“O que colocou, a gente sabe, né? Por exemplo, este novo presidente da Petrobras que vai ser nomeado, o Adriano Pires, se você ler tudo que ele escreve, vai continuar tudo como dantes no quartel de Abrantes. Não vai mudar, nada”, disse o general a jornalistas na chegada ao Palácio do Planalto.

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Mourão, que é casado com Paula Mourão e é pai de Antônio Hamilton Rossell Mourão, ingressou na carreira militar ainda na juventude. Com o tempo, foi conquistando espaço e cargos dentro do Exército
Chegou a ser instrutor na Academia Militar das Agulhas Negras, foi vice-chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército, enviado para Missão de Paz na Angola, comandou a 6ª Divisão do Exército em Porto Alegre, cuidou de assuntos militares na embaixada do Brasil na Venezuela, foi Comandante Militar do Sul, entre outros
Chefiou a Secretaria de Economia e Finanças, mas foi exonerado tempos depois. À época, a exoneração foi associada às declarações que ele fez durante palestra em clubes do Exército
Carlos Bolsonaro voltou a criticar declarações de Mourão
Em fevereiro de 2018, foi transferido para a reserva remunerada, após 46 anos de serviço
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Antônio Hamilton Martins Mourão é um general da reserva do Exército do Brasil e atual vice-presidente da República. Natural de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Mourão tem mostrado interesse em disputar as eleições de 2022 longe de Bolsonaro

Bruno Batista VPR
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Mourão, que é casado com Paula Mourão e é pai de Antônio Hamilton Rossell Mourão, ingressou na carreira militar ainda na juventude. Com o tempo, foi conquistando espaço e cargos dentro do Exército

Romério Cunha/VPR
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Chegou a ser instrutor na Academia Militar das Agulhas Negras, foi vice-chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército, enviado para Missão de Paz na Angola, comandou a 6ª Divisão do Exército em Porto Alegre, cuidou de assuntos militares na embaixada do Brasil na Venezuela, foi Comandante Militar do Sul, entre outros

Arthur Menescal/Especial Metrópoles
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Chefiou a Secretaria de Economia e Finanças, mas foi exonerado tempos depois. À época, a exoneração foi associada às declarações que ele fez durante palestra em clubes do Exército

Hugo Barreto/Metrópoles
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Carlos Bolsonaro voltou a criticar declarações de Mourão

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Em fevereiro de 2018, foi transferido para a reserva remunerada, após 46 anos de serviço

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Ainda em 2018, filiou-se ao Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) e, após resultados das eleições no mesmo ano, foi eleito vice-presidente na chapa de Bolsonaro

Isac Nóbrega/PR
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Após assumirem os cargos, no entanto, a relação de Bolsonaro e Mourão se tornou conturbada. Por diversas vezes, o presidente chamou os comentários do general de “infelizes”

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Entre as polêmicas envolvendo o nome do vice-presidente estão: comentários racistas, comemoração do “aniversário” do Golpe de 1964 no Brasil e o pedido de impeachment de Mourão feito pelo deputado Marco Feliciano em 2019, que foi arquivado por Rodrigo Maia

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O distanciamento cada vez mais claro entre Bolsonaro e Hamilton tornou evidente a ruptura da atual chapa presidencial. Desprezando o nome do atual vice-presidente para concorrer às eleições de 2022, Bolsonaro já tem ao menos outros três nomes para possível vice

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Por sua vez, Mourão tem mostrado interesse em disputar o governo do Rio de Janeiro ou do Rio Grande do Sul. Se despedindo do PRTB, o general anunciou filiação ao Republicanos em 16 de março

Bruno Batista/ VPR

“A Petrobras é uma empresa com ação em bolsa, tem conselho de administração, tem toda uma governança. Ela não pode voltar aos fatos que ocorreram durante o governo do PT, um misto de incompetência, má gestão e corrupção. Deixou a empresa praticamente na lona. A empresa está recuperada. Então, esse assunto tem que ser discutido bem”, acrescentou.

Depois de uma escalada da pressão em cima do presidente Jair Bolsonaro (PL) pela alta crescente do preço dos combustíveis, o mandatário decidiu substituir o ex-direitor da Itaipu Binacional pelo economista e empresário Adriano Pires.

Além de especialista do setor de óleo e gás, atualmente ele é diretor-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), onde coordena projetos e estudos para a indústria de gás natural, a política nacional de combustíveis, e o mercado de derivados de petróleo e gás natural.

Questionado se havia ficado chateado pela forma que Silva e Luna foi dispensado, Mourão se limitou a dizer que a decisão, nesse caso, é do presidente.

“Isso aí você não pode levar pra esse lado, né? O presidente é o decisor, compete a ele tomar essas decisões, e ele julgou que tinha que fazer dessa forma. Então, pronto. Eu não participei do processo decisório, eu não posso dizer quais foram os fatores que levaram o presidente a decidir dessa forma”, salientou.

Mourão diz que Silva e Luna sai do comando da Petrobras “tranquilo”, porque é um dos oficiais mais completos e preparados. “Ele já foi ministro da Defesa, foi presidente de Itaipu e agora estava aí na Petrobras e fez um excelente trabalho. Então, ele está tranquilo, é um cara muito tranquilo”, finalizou.

Adriano Pires

Segundo revelou a coluna do Guilherme Amado, o economista Adriano Pires, indicado para assumir a presidência da Petrobras, se manifesta contra a intervenção do governo na política de preços operada pela estatal.

Pires publicou um artigo no último dia 22, no site Poder 360, dizendo que “o que assusta o investidor é a ameaça da intervenção nos preços sempre presente em manifestações dos que sonham em transformar novamente a Petrobras em instrumento político do governo”.

Ele defendeu, no entanto, a criação de um fundo emergencial de subsídios, com duração de três a seis meses, para evitar que a alta no preço dos combustíveis seja repassada ao consumidor. O preço do barril de petróleo passou de 100 dólares devido à guerra na Ucrânia e às sanções aplicadas contra a Rússia.

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