Tribunal Penal de Haia volta atrás e veta viagem de senadores da CPI
Cúpula do colegiado tinha expectativa de ir presencialmente à Corte internacional em janeiro de 2022, mas planos foram frustados
atualizado
Compartilhar notícia
O Tribunal Penal Internacional de Haia vetou a possibilidade de receber presencialmente a cúpula da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. A informação foi confirmada ao Metrópoles pela assessoria do ex-vice-presidente do colegiado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
A expectativa do grupo majoritário que comandou os trabalhos da comissão era de ir a Haia, na Holanda, em janeiro de 2022. Os parlamentares, no entanto, foram comunicados de que o encontro não poderá ocorrer de forma presencial.
Conforme antecipado pelo colunista Igor Gadelha, os senadores sugeriram à Corte internacional que a entrega do relatório final da CPI fosse realizada no dia 24 de janeiro do próximo ano. Nesse período, o Congresso brasileiro estará em recesso.
Os senadores trabalham, agora, com a possibilidade de que o relatório final da CPI seja entregue em cerimonia virtual por meio de videoconferência.
O documento, aprovado em 26 de outubro por 7 votos a 4, traz 80 pedidos de indiciamento, sendo 78 pessoas físicas e duas empresas. Entre os indiciados, está o presidente Jair Bolsonaro (PL), enquadrado pela comissão em nove crimes.
Enquanto ainda aguardam definição sobre data e moldes do encontro, a assessoria do senador Renan Calheiros (MDB-AL), autor do relatório, trabalha na tradução do documento de português para inglês.