Transição e Petrobras debatem planejamento e desinvestimentos
São previstos investimentos de US$ 78 bi em cinco anos, 15% acima do planejamento anterior; GT também discute venda de partes da petroleira
atualizado
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Nesta terça-feira (6/12), o subgrupo de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do GT de Minas e Energia do gabinete de transição se reuniu novamente com a diretoria da Petrobras para tratar do plano estratégico da empresa entre 2023 a 2027, que prevê investimentos de US$ 78 bilhões em cinco anos, 15% acima do planejamento anterior (2022-2026).
De acordo com as informações da transição, do valor total, além dos 83% voltados para E&P (US$ 64 bilhões), 12% serão aplicados em refino, gás e energia, 2% em comercialização e logística, e 3% na área corporativa. A empresa também apresentou um documento recém-aprovado com premissas e focos projetados para o período.
Além dos investimentos, o grupo também debate a política de desinvestimentos da Petrobras, ou seja, a venda de partes da empresa, mas a assessoria da transição não deu detalhes sobre a reunião. Até julho de 2022, os desinvestimentos da Petrobras somam R$ 280,4 bilhões.
Desde o início de 2015, com a implementação do programa, foram negociados 67 ativos da Petrobras, sendo a maioria (40%) do setor de Exploração e Produção de petróleo (E&P), informa o Privatômetro do Observatório Social do Petróleo (OSP). A maior parte das vendas foi concretizada no governo de Jair Bolsonaro, R$ 175 bilhões, ou seja, 62,4% do valor total.
Na reunião entre o GT e a Petrobras, foram debatidas questões referentes à gestão se portfólio da empresa e desafios para a implantação de novos projetos.