metropoles.com

Transferência de responsabilidades facilitará extinção de estatais

De acordo com o Planejamento, a nova regra diminui interferências políticas que poderiam gerar atrasos

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
imagem colorida fachada e placa Ministério do Planejamento Brasília - Metrópoles
1 de 1 imagem colorida fachada e placa Ministério do Planejamento Brasília - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O decreto que alterou as regras para a liquidação de estatais federais acelerará a extinção de empresas deficitárias controladas diretamente pela União. A transferência de responsabilidades e os incentivos ao cumprimento de metas de cronograma facilitarão a dissolução dessas empresas.

Publicado na última sexta-feira (30/11), o Decreto Presidencial nº 9.589/2018 foi elaborado pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), vinculada ao Ministério do Planejamento. A Agência Brasil apurou que o texto envolveu meses de preparação.

A principal novidade do decreto é a transferência para a Sest da responsabilidade do processo de liquidação de estatais. Até agora, os procedimentos formais para a extinção de uma empresa cabiam ao ministério ao qual a estatal estava vinculada. De acordo com o Planejamento, a nova regra diminui interferências políticas que poderiam gerar atrasos. Em janeiro, a Sest passará para o Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes.

Passivos e bônus
Outra novidade que promete acelerar as extinções consiste na transferência dos passivos judiciais para a Advocacia-Geral da União (AGU). A medida elimina a necessidade de o departamento jurídico das empresas liquidadas continuar funcionando após a dissolução. Em muitos casos, a existência de processos na Justiça atrasa a extinção de uma companhia. Quem passará a responder pelas ações será a AGU.

O decreto instituiu ainda um bônus caso o liquidante, funcionário responsável pela liquidação da estatal indicado pelo Ministério do Planejamento, cumpra metas do cronograma. Além da remuneração fixa, de 70% do salário do presidente da empresa extinta, o liquidante receberá um bônus de 30% caso cumpra os prazos estabelecidos.

Durante o processo de extinção, apenas o liquidante e o conselho fiscal – composto por um representante do Planejamento, um do Tesouro Nacional e um do ministério ao qual a empresa estava vinculada – atuam. De acordo com Artigo 8º, inciso 3º, caberá ao liquidante rescindir os contratos de trabalho dos empregados da sociedade em liquidação, com a imediata quitação dos direitos correspondentes – excetuados os contratos dos empregados que forem estritamente necessários para o processo de liquidação, mantidos mediante autorização do Planejamento. O conselho fiscal tem como atribuição fiscalizar o trabalho do liquidante e de sua equipe.

Controle direto
As novas regras valem apenas para empresas estatais controladas diretamente pela União. As distribuidoras deficitárias da Eletrobras estão fora do decreto. De acordo com a Sest, o número de estatais federais caiu de 155 para 138 desde o início do governo do presidente Michel Temer.

A partir do próximo mês, a Sest deverá ser absorvida pela futura Secretaria de Desestatização, comandada pelo empresário Salim Mattar. O órgão formulará medidas que favoreçam a privatização de empresas federais.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?