“Trabalhamos para votar em fevereiro”, diz ministro sobre Previdência
Dyogo Oliveira, do Planejamento, afirmou que o governo não pretende adiar a votação da Reforma da Previdência
atualizado
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O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, reafirmou nesta terça-feira (26/1) que o governo lutará “continuamente e diariamente” pela votação e aprovação da reforma da Previdência. Ele descartou a hipótese de a votação da reforma ficar para novembro e enfatizou que os esforços são para a análise da matéria em fevereiro. “Não trabalhamos com hipótese de votar Previdência em novembro. Nossa dedicação e esforço é para que Previdência seja votada em fevereiro”, afirmou, em entrevista à TV NBR.
O ministro destacou que o rombo previdenciário em 2017 foi de R$ 268,8 bilhões. Segundo o ministro, isso foi equivalente a 57% do gasto público federal no ano passado. “Temos um sistema de Previdência que acumula um enorme déficit, que coloca em risco a boa gestão dos recursos públicos”, disse.
Oliveira voltou a dizer que o sistema atual da Previdência é muito injusto porque as pessoas que recebem menos se aposentam mais tarde. “O que propomos é um sistema de Previdência igual para todos. A proposta de reforma acaba com os ganhos excessivos que alguns grupos têm na Previdência”, repetiu.Segundo ele, o empenho do governo para aprovar a reforma este ano tem o objetivo de consolidar o processo de recuperação econômica. “Há um processo claro e evidente de recuperação da economia, mas, para consolidar a retomada, temos que garantir a todos os agentes que o governo está saudável”, completou.
Questionado sobre quanto tempo levará para que o País volte a ter grau de investimento, o ministro optou por não fazer uma previsão. “O Brasil tem condições para ter grau de investimento, mas não temos previsão de quando. Não há dúvida que Brasil voltará a ter grau de investimento, é questão de tempo”, respondeu.
O ministro disse ainda que o governo está recorrendo no Supremo Tribunal Federal (STF) para aplicar o adiamento do reajuste dos salários dos servidores. “O adiamento só afeta aqueles que ganham mais de R$ 13 mil por mês”, afirmou.