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Tour de ministros em março inclui Dubai, Basileia, Nova York e Cannes

Ao menos cinco integrantes do primeiro escalão do governo federal vão deixar o país com autorização do presidente Bolsonaro (PSL)

atualizado

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AndreyPopov/Dubai
Aerial View Of Palm Island In Dubai
1 de 1 Aerial View Of Palm Island In Dubai - Foto: AndreyPopov/Dubai

Ao menos cinco ministros deixarão o Brasil em março com autorização do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). Os responsáveis pelas pastas da Cidadania (Osmar Terra), da Defesa (Fernando Azevedo e Silva) e do Turismo (Marcelo Álvaro Antônio), além do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, passarão 23 dias longe do país, se somadas todas as viagens previstas.

O próximo embarque será o do presidente do BC. Nesta sexta-feira (8/3), ele viajará a Basileia, Suíça, para participar da Reunião Bimestral dos Governadores dos Bancos Centrais. Os compromissos se estendem até terça (12).

Na volta de Campos Neto, o ministro do Turismo viaja com destino a Cannes, França. Marcelo Álvaro Antônio participa até 16 de março do Mercado Internacional de Profissionais Imobiliários.

Na sequência, Osmar Terra, entre 21 e 25 de março, vai a Dubai (foto em destaque), nos Emirados Árabes Unidos, para participar do Fórum Global de Educação e Habilidades. Lá, o ministro fará uma palestra.

O deslocamento mais comprido é o do chefe da Defesa. No total, Fernando Azevedo e Silva ficará oito dias fora. A caminho de Washington e Nova York, nos Estados Unidos, o general participa de reunião bilateral com o secretário de Defesa norte-americano, Jim Mattis. Ele ainda visita a Organização das Nações Unidas (ONU).

Mesmo com o feriado de Carnaval, o chefe do Itamaraty, Ernesto Araújo, está em viagem oficial aos Estados Unidos. Nessa Quarta-Feira de Cinzas (6), participou de encontros bilaterais, reuniões com embaixadores e lideranças empresariais. A agenda ocorre também em Washington e Nova York.

O próprio presidente da República está com viagens previstas ainda neste mês, para Estados Unidos (entre os dias 18 e 22), Chile (23) e Israel (de 31/3 a 4/4). As programações estão sendo fechadas, mas a expectativa é que Bolsonaro tenha reuniões com os presidentes dos EUA, Donald Trump, e do Chile, Sebastián Piñera, e também com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

Gastos milionários
Segundo o Portal da Transparência, canal oficial de prestação de contas do governo federal, R$ 13,6 milhões já foram gastos com viagens oficiais em 2019. Sendo que R$ 1,9 milhão – 14% dos gastos – foram com viagens ao exterior.

Neste cálculo, todos os deslocamentos são incluídos, não somente os executados por ministros. Os dados foram atualizados em fevereiro deste ano. No governo, os destinos mais procurados são Brasília–Rio de Janeiro, nos trechos nacionais, além de Brasília–Bruxelas e Brasília–Washington, nos internacionais.

Lidera o ranking dos maiores gastadores do primeiro escalão federal o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. De acordo com o Portal da Transparência, ele realizou sete viagens, ao custo de R$ 22.209,21.

Além dele, já viajaram neste ano: a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves; o titular da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz; e o do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno.

O outro lado
Segundo o Palácio do Planalto, cada ministério deve responder sobre as viagens previstas e realizadas. O Ministério do Turismo justificou a viagem como “importante para a atração de investimentos de R$ 2 bilhões” e informou que trata-se de uma agenda de trabalho.

Em nota, o Ministério da Cidadania informou que as despesas com passagem, transfer e hospedagem serão custeadas pelos organizadores do evento. “O ministro irá proferir palestra sobre os resultados e desafios do Programa Criança Feliz”, justifica o texto. Na agenda, estão previstos encontros com autoridades locais para troca de informações sobre políticas públicas.

A reportagem pediu detalhes dos gastos e explicações quanto à necessidade dos deslocamentos da cúpula da gestão Bolsonaro, mas, até a última atualização desta matéria, as pastas não tinham se pronunciado. O espaço permanece aberto a manifestações.

 

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