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Torres diz a deputados que “câmara de gás” em Sergipe é “caso isolado”

Ao ser questionado sobre a morte de Genivaldo dos Santos, o ministro da Justiça elogiou a PRF e disse que tudo foi feito para apurar o caso

atualizado

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Policiais asfixiam homem dentro de viatura, Genivaldo Santos
1 de 1 Policiais asfixiam homem dentro de viatura, Genivaldo Santos - Foto: Reprodução

O  ministro da Justiça, Anderson Torres, afirmou, ao participar de uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos da Câmara, que a morte de Genivaldo de Jesus dos Santos, ocorrida após uma violenta  abordagem policial em Sergipe, há duas semanas, trata-se de um “caso isolado”.

O ministro elogiou o trabalho da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e apontou a instituição como “uma das melhores do mundo”.

“Em relação ao fato que nós viemos aqui tratar, eu gostaria de dizer que é grave, um fato em que todas as medidas legais foram adotadas. Até o momento, tudo está correndo bem, tudo está em andamento, a Polícia Rodoviária Federal imediatamente instaurou o inquérito policial, no qual estão sendo realizados todos os procedimentos de perícia de oitiva das pessoas, enfim, tudo que o que a autoridade policial entende pertinente”, disse Torres.

Genivaldo foi vítima de abordagem violenta de agentes da PRF. Os policiais transformaram a parte de trás de uma viatura em uma espécie de “câmara de gás”, e deixaram Genivaldo trancado por dois minutos após jogarem uma bomba de gás lacrimogêneo. Os policiais não foram presos até o momento.

Ao lado de Torres, o diretor geral da PRF, Silvinei Vasques, também esteve na audiência. Vasques apresentou números da PRF e disse que a instituição “não compactua” com crimes como o que ocorreu em Sergipe e não aprova o tipo de ação usada.

“A gente não compactua com aquilo que aconteceu em Sergipe. Nunca foi ensinado em nenhuma escola da PRF. Na nossa universidade, em nenhum curso da instituição, não ocorreu qualquer tipo de orientação para aquele procedimento. A instituição realmente entende que aquele fato é grave e vai trabalhar pra devida apuração”, disse o diretor.

Dom e Bruno, assunto proibido

Durante a audiência, deputados apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), se mobilizaram para impedir que parlamentares falassem sobre o desaparecimento do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira. Para evitar o assunto, a tropa bolsonarista tentou tumultuar a audiência. O deputado José Medeiros (PL-MT) interrompeu a fala da deputada Talíria Petrone, gerando bate boca e ameaças.

Os requerimentos de convocação foram apresentados pelos seguintes parlamentares Túlio Gadêlha (Rede-PE), Talíria Petrone (PSol-RJ), Vivi Reis (PSol-PA), Erika Kokay (PT-DF), João Daniel (PT-SE), Leonardo Monteiro (PT-MG), Marcon (PT-RS), Rogério Correia (PT-MG), Vicentinho (PT-SP) e Bira do Pindaré (PSB-MA).

Na terça-feira (14/5), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aliado de Bolsonaro, anulou, por meio de ato da Mesa, a decisão tomada pelos deputados da comissão de convocar o ministro e o diretor da PRF. Os dois, contudo, decidiram comparecer, mesmo sem a obrigação legal.

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Dentro do carro, foi feita uma espécie de "câmara de gás", que causou a morte de Genilvado por asfixia, segundo laudo do IML
Fabiana dos Santos, esposa de Genivaldo
Abordagem da PRF a Genivaldo: sem capacete
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB, seguram cartazes com os dizeres "Justiça por Genivaldo!" durante  encontro com representantes de movimentos populares nesta sexta-feira, 27, na Casa de Portugal, em São Paulo
Genivaldo tinha 38 anos e sofria de esquizofrenia
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Viatura da PRF: Genivaldo morreu por asfixia dentro de veículo

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Dentro do carro, foi feita uma espécie de "câmara de gás", que causou a morte de Genilvado por asfixia, segundo laudo do IML

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Fabiana dos Santos, esposa de Genivaldo

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Abordagem da PRF a Genivaldo: sem capacete

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Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB, seguram cartazes com os dizeres "Justiça por Genivaldo!" durante encontro com representantes de movimentos populares nesta sexta-feira, 27, na Casa de Portugal, em São Paulo

Fábio Vieira/Metrópoles
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Genivaldo tinha 38 anos e sofria de esquizofrenia

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