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Toffoli autoriza Lula a deixar prisão e se encontrar com parentes

Decisão saiu após ex-presidente ter o pedido negado em instâncias inferiores. Petista reclama que enterro já aconteceu

atualizado

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1 de 1 Lula-e-Vava2 - Foto: Reprodução/Redes Sociais

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, autorizou nesta quarta-feira (30/1), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a deixar a prisão e ir a São Paulo se encontrar com parentes que participam do velório de Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do petista.

A decisão saiu em resposta ao recurso apresentado pela defesa de Lula ao STF, depois de ter o pedido negado em duas instâncias inferiores. O funeral do irmão do ex-presidente ocorreu no Cemitério Pauliceia, em São Bernardo do Campo (SP).

O ministro concedeu na decisão o habeas corpus para que Lula pudesse ver os parentes em uma unidade militar em São Paulo. Toffoli vetou o uso de celulares, a presença da imprensa e qualquer declaração pública de Lula.

“Concedo ordem de habeas corpus de ofício para, na forma da lei, assegurar, ao requerente Luiz Inácio Lula da Silva, o direito de se encontrar exclusivamente com os seus familiares, na data de hoje [30/1], em Unidade Militar na Região, inclusive com a possibilidade de o corpo ser levado à referida unidade militar, a critério da família”, decidiu o presidente do Supremo.

Logo após a liberação, a página oficial do ex-presidente no Twitter divulgou uma mensagem na qual o ex-presidente reclama da demora da decisão do ministro e informa que o sepultamento já ocorreu. “São Bernardo do Campo: Lula é impedido de participar de velório e enterro de irmão; Toffoli libera saída de Lula após sepultamento ter ocorrido.”


Perseguição
Em transmissão no Facebook, ao vivo de São Bernardo do Campo, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, se manifestou a respeito dos impasses enfrentados pela defesa do ex-presidente para conseguir que ele fosse ao velório do irmão. “A gente está tentando entender o que acontece para que um nome seja tão perseguido como o Lula está sendo. Nós estamos indignados com essa situação em que ele foi colocado”, disse.

“Não é a primeira vez que nós temos uma injustiça em relação ao ex-presidente. Lula está preso, não pode falar com a imprensa – embora outros presos possam falar; não pode receber visitar religiosas – embora seja previsto na legislação. Sigmaringa [Seixas] morreu e o pedido do ex-presidente para ir ao velório foi negado, pois não era um familiar. Agora, falece o irmão de Lula e ele não pode vir. Eles alegam uma falta de estrutura. Estamos indignados”, declarou Gleisi.

Após a fala da presidente do PT, o líder do partido na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta, também se manifestou. Ao lado deles estavam o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, Eduardo Suplicy e outros políticos que acompanhavam o velório de Vavá.

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