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“Todo mundo quer baixar os juros”, diz Galípolo, indicado para o BC

Gabriel Galípolo, indicado pelo governo para vaga na diretoria do Banco Central (BC), disse que espera obter consenso para reduzir juros

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O economista Gabriel Galípolo, apontado como o "número 2" na ministério da Fazenda do novo governo Lula - Metrópoles
1 de 1 O economista Gabriel Galípolo, apontado como o "número 2" na ministério da Fazenda do novo governo Lula - Metrópoles - Foto: Reprodução/Casa do Saber

Indicado pelo governo Lula (PT) para a Diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, afirmou que “todo mundo quer” abaixar os juros. Questionado se sua indicação visa garantir a redução da atual taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 13,75% ao ano, ele declarou que não necessariamente.

“Eu acho que todo mundo quer abaixar os juros. Eu tenho convicção de que toda a diretoria do Banco Central não tem nenhum tipo de satisfação, nem profissional nem pessoal, de ter um juro mais alto. Tenho absoluta convicção disso”, disse Galípolo nesta terça-feira (9/5), em entrevista na sede da Fazenda.

Na primeira declaração desde que teve seu nome anunciado pelo ministro Fernando Haddad, ele disse ainda que a ideia com sua indicação é “tentar criar um ambiente para que o mercado possa colocar os preços da maneira adequada e que o Banco Central possa sancionar essa redução de juros”.

Caso seja aprovado pelos senadores, Galípolo terá um mandato de quatro anos no Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que define a taxa básica de juros da economia. O patamar atual é considerado muito alto pelo governo.

O presidente da República tem atacado continuamente a decisão do Copom. No último sábado (6/5), em Londres, Lula disse que o Banco Central “tem autonomia, mas não é intocável”.

Autonomia

Segundo lei aprovada em 2021, no governo Bolsonaro, a autoridade monetária ganhou autonomia para fixar a taxa básica de juros, a Selic, como uma das medidas adotadas para tentar controlar a inflação.

A legislação, que limitou a influência do Executivo sobre as decisões relacionadas à política monetária, também estabeleceu mandatos não coincidentes do chefe do BC e do titular do Palácio do Planalto.

O presidente do banco assume sempre no primeiro dia útil do terceiro ano de cada governo. Assim, o chefe do Executivo federal só poderá efetuar uma troca no comando do BC a partir do segundo ano de gestão. No caso de Lula, isso só acontecerá em dezembro de 2024, quando termina o atual mandato de Campos Neto.

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