TJRJ nega pedido de Flávio Bolsonaro para suspender quebra de sigilo
Em abril, a Corte autorizou acesso a dados do senador, do ex-assessor Fabrício Queiroz e de 88 ex-funcionários do gabinete na Alerj
atualizado
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O desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) Antônio Amado negou liminar solicitada pelo senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) para suspensão de quebra dos seus sigilos bancário e fiscal. As informações são da Folha de S. Paulo.
A decisão desta terça-feira (25/06/2019) é a segunda negativa do magistrado a recursos do senador. Em abril, Amado já havia decidido manter a investigação contra o filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
O TJRJ autorizou, em maio, a quebra dos sigilos bancários de Flávio e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz.
O pedido, feito pelo Ministério Público do Rio (MPRJ), foi autorizado no dia 24 de abril e mantido em sigilo até o momento. A medida se estende não só ao senador, Queiroz e seus respectivos familiares e empresa, mas também a outros 88 ex-funcionários do gabinete de Flávio, quando ele era deputado estadual, seus familiares e empresas relacionadas a esses empregados.
Na lista de ex-funcionários de Flávio que terão o sigilo quebrado constam Danielle Nóbrega e Raimunda Magalhães, irmã e mãe do ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega, apontado pelo MPRJ como miliciano e um dos líderes do Escritório do Crime, organização suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol), executada em março de 2018. Foragido, o ex-policial é acusado de participação em vários homicídios, registrados em 10 anos. Adriano já foi homenageado por Flávio na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Na decisão de fim de abril, o juiz Flávio Nicolau afirmou que a medida seria importante “para a instrução do procedimento investigatório criminal”.