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Teto de gastos não pode ser intocável, diz candidato do governo à presidência do Senado

O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) defendeu também o retorno do auxílio emergencial ou o aumento do Bolsa Família

atualizado

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Rodrigo Pacheco
1 de 1 Rodrigo Pacheco - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), candidato à presidência do Senado Federal, defendeu, nesta quinta-feira (21/1), o retorno do auxílio emergencial ou um incremento no Bolsa Família, e destacou que o teto de gastos, defendido pela equipe econômica do governo Jair Bolsonaro, “não pode ser [ficar] intocado”.

Pacheco é apoiado pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O teto de gastos, instituído por uma emenda constitucional, estabelece – como o nome diz – um teto para os gastos do governo, de acordo com a inflação de um ano para outro. Essa regra é defendida com afinco pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

“O teto não pode ser intocável em um momento de extrema necessidade, em que é preciso salvar vidas. Obviamente, essa rigidez pode eventualmente ser relativizada, mas vamos trabalhar muito para que não seja relativizada”, afirmou Pacheco, em entrevista ao Estadão.

O parlamentar destacou que a discussão sobre a regra neste momento precisa ser feita “à luz da técnica e da sensibilidade humana”. “Matematicamente, seria difícil. Isso exigiria muito boa vontade e sacrifício do governo federal e do país.”

O candidato do DEM, todavia, defendeu o retorno do auxílio emergencial ou o aumento do Bolsa Família. “Nós precisamos, enquanto Estado brasileiro, encontrar uma solução para remediar o problema dessas pessoas mais vulneráveis, seja com auxílio emergencial renovado seja com incremento do Bolsa Família ou de algo assemelhado”, disse.

Pacheco conta com apoio de DEM, PSD, PP, PT, PSC, PL, PDT, Pros e Republicanos, totalizando 41 senadores, o quantitativo de votos necessários para um candidato ser eleito.

A principal adversária dele é a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que conta com o apoio de MDB, Podemos, Cidadania e PSB, com 28 parlamentares. O senador Major Olímpio (PSL-SP) corre por fora na disputa. A eleição do Senado ocorre, presencialmente, no início de fevereiro.

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