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- Foto: Montagem/Fotos Arquivo/Metrópoles
Maior ofensiva contra a corrupção e a lavagem de dinheiro já realizada no país, a Operação Lava Jato completa quatro anos neste sábado (17/3). A ação foi responsável por 1.765 procedimentos instaurados, 218 prisões – entre preventivas, temporárias e em flagrante – e acusações criminais contra 289 pessoas, segundo dados atualizado até 28 de fevereiro.
A Lava Jato e seus desdobramentos produziram uma lista de acusados repleta de políticos, empresários e operadores financeiros que fizeram a festa com dinheiro público, de acordo com as investigações. O rol de envolvidos é tão grande que sempre fica a pergunta: afinal, tal figura está presa ou em liberdade?
Para refrescar a memória e ajudar o leitor a entender o que aconteceu com os principais personagens dos escândalos revelados de norte a sul do país nos últimos quatro anos, o Metrópoles preparou um quiz. Faça o teste e saiba quem é quem nesse emaranhado.
PS: Depois de responder às perguntas, confira, ao final do texto, a situação de cada personagem na Justiça. Só não vale colar!
As acusações que pesam sobre as personalidades deste teste
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Condenado inicialmente a 10 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto teve a pena mais do que dobrada pelo juiz Sérgio Moro. Vaccari ainda recorre dessa sentença e foi absolvido em mais três processos, mas é mantido em prisão preventiva, por ordem de Moro, desde 15/4/2015, quando foi alvo da 12ª fase da Lava Jato
Luis Macedo/Câmara dos Deputados
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O ex-presidente da Câmara e ex-deputado federal Eduardo Cunha (MDB-RJ) está preso desde 19/10/2016, quando a Justiça Federal expediu mandado de prisão preventiva. Em 30/3/2017, foi condenado a 15 anos e 4 meses de cadeia por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas. É réu em outro processo por corrupção, lavagem de dinheiro, prevaricação e violação de sigilo funcional
Daniel Ferreira/Metrópoles
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O ex-vice-presidente da Câmara e ex-deputado federal André Vargas (PT-PR) foi preso em 10/4/2015, na 11ª fase da Lava Jato. Segue encarcerado. Ele foi o primeiro político envolvido na operação condenado pelo juiz Sérgio Moro, em 22/9/2015. Cumpre pena de 14 anos e 4 meses de cadeia por corrupção e lavagem de dinheiro. Em abril de 2017, foi condenado a mais 4 anos e 6 meses de prisão por lavagem de dinheiro
JOEL RODRIGUES/ESTADÃO CONTEÚDO
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O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró foi preso preventivamente em 14/1/2015, acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Onze meses depois, teve a delação premiada homologada. A Justiça concedeu-lhe prisão domiciliar em julho de 2016 e, em fevereiro deste ano, o regime semiaberto. Hoje, Cerveró pode sair de casa para trabalhar das 10h às 20h
Wilson Dias/Agência Brasil
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Adriana Ancelmo é advogada
FÁBIO MOTTA/ESTADÃO
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Condenado a 100 anos de prisão, em cinco dos 13 processos ligados à Lava Jato nos quais é réu por crimes como corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral foi preso preventivamente em 17/11/2016, em decorrência da Operação Calicute. Hoje cumpre pena no Paraná: a Justiça decidiu que ele interferia em investigações e era privilegiado na cadeia carioca onde estava preso antes
GIULIANO GOMES/PR PRESS
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Garotinho e sua mulher, Rosinha Garotinho, teriam recebido R$ 13 milhões da Odebrecht como caixa dois para suas campanhas de 2008, 2012 e 2014.
WILSON JUNIOR/ESTADÃO
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Ex-governadora do Rio e ex-prefeita de Campos dos Goytacazes, Rosinha Garotinho e o marido, Anthony Garotinho (ambos do PR), teriam recebido R$ 13 milhões da Odebrecht como caixa dois para suas campanhas em 2008, 2012 e 2014. Foi presa preventivamente em 22/11/2017, acusada de corrupção, concussão, organização criminosa e falsidade na prestação das contas eleitorais. Sete dias depois, o ministro Gilmar Mendes concedeu-lhe prisão domiciliar, e Rosinha passou a ser monitorada por tornozeleira eletrônica. Em 22/12, Gilmar Mendes a liberou do equipamento e do recolhimento noturno
Divulgação
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Ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Antonio Palocci
CELSO JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
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O empresário Eike Batista foi preso preventivamente em 30/1/2017, após dois delatores afirmarem que ele pagou US$ 16,5 milhões de propina ao ex-governador do RJ Sérgio Cabral. De acordo com as investigações, Eike ajudaria o político a ocultar dinheiro no exterior. Três meses após sua prisão, em abril de 2017, a Justiça concedeu-lhe prisão domiciliar, regime sob o qual permanece
Fábio Mota/Estadão
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Andrea Neves ficou presa preventivamente por um mês em 2017, após ser acusada de ter pedido dinheiro a Joesley Batista, dono da JBS, em nome do irmão Aécio Neves
Reprodução
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O ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) é acusado de receber propina da Odebrecht para campanhas eleitorais em 2010 e 2014, em troca de apoio à aprovação de MP de interesse da empreiteira. Também teria recebido vantagens indevidas por contratos de infraestrutura na Bahia e no Piauí. Está preso na Papuda (DF) desde setembro de 2017, após a apreensão de R$ 51 milhões atribuídos a ele num imóvel em Salvador
Dida Sampaio/Estadão
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O ex-senador pelo PT-MS Delcídio Amaral cumpriu prisão preventiva entre 25/11/2015 e 19/2/2016, acusado de tentar atrapalhar a Lava Jato. Também teria recebido caixa dois da UTC e da Odebrecht para campanhas eleitorais em 2006, 2010 e 2014. Em troca, as empresas seriam beneficiadas em contratos com a Petrobras. Sua delação premiada foi homologada em 15/3/2016
Daniel Ferreira/Metrópoles
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Acusado de lavar R$ 12 milhões de um empréstimo fraudulento para pagar dívidas do PT, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares foi condenado a 5 anos de prisão em 2/3/2017. Antes disso, havia sido sentenciado a 6 anos e 8 meses de cadeia por corrupção no Mensalão. Preso em 2013, passou ao regime domiciliar em 2014 e, no fim de 2016, obteve o perdão da pena no STF
Reprodução/Facebook
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Gim Argello, ex-senador pelo DF, foi preso preventivamente em 12/4/2016 e permanece detido. Teria recebido R$ 2,8 milhões da Odebrecht para defender interesses da empreiteira junto ao governo federal (do qual foi líder no Senado) e ao Legislativo: Gim teria articulado para que a empresa não fosse convocada a CPIs
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Ex-presidente da Câmara dos Deputados e ex-ministro dos governos Dilma e Temer, Henrique Eduardo Alves (MDB-RN) foi preso preventivamente em 6/6/2017 e permanece detido. É acusado de receber propina de empresas como caixa dois para suas campanhas eleitorais em 2014 e 2010. Parte dos recursos teriam sido desviados da obra da Arena das Dunas, estádio da Copa em Natal
MAGNUS NASCIMENTO/ESTADÃO CONTEÚDO
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O empresário Joesley Batista foi preso em setembro de 2017 na Polícia Federal em SP, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), sob acusação de violar o acordo de delação premiada fechado com a Procuradoria-Geral da República no ano passado. Em 9 de março, ele conquistou liberdade, após decisão da 12ª Vara Federal em Brasília
RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
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Também no dia 9 deste mês, a Justiça mandou soltar Ricardo Saud, ex-executivo da J&F. Ele é acusado de omitir informações na colaboração premiada, o que motivou sua prisão
Michael Melo/Metrópoles
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Em fevereiro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu soltar Wesley Batista. Ele deixou a carceragem da PF em São Paulo no dia 21/2/2018
Michael Melo/Metrópoles
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Ex-deputado federal e ex-assessor especial da Presidência da República, Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR) tornou-se conhecido como “homem da mala” de Michel Temer ao ser flagrado transportando R$ 500 mil, supostamente destinados ao presidente e pagos por Joesley e Wesley Batista, da JBS. Ficou em prisão preventiva por 28 dias. Em 30/6/2017, passou à prisão domiciliar, sendo monitorado por tornozeleira eletrônica
PCGO/Divulgação
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Ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu (PT)
Ricardo Botelho/Especial para o Metrópoles
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Preso em 23 de maio de 2017 na Operação Panatenaico, o ex-governador do DF José Roberto Arruda (PR) foi liberado oito dias depois. O político teria recebido propina da Andrade Gutierrez e da Via Engenharia para forjar a licitação que garantiu às duas empresas a construção do Mané Garrincha, arena de Brasília para a Copa do Mundo 2014. Ele teria recebido recursos desviados do estádio até depois do mandato
Cristiano Costa /Sistema Fecomércio DF
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Agnelo Queiroz
FELIPE MENEZES/METRÓPOLES
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Preso em 23/5/2017 na Operação Panatenaico, o ex-vice-governador do DF Tadeu Filippelli foi liberado oito dias depois. O emedebista teria recebido propina da Andrade Gutierrez e da Via Engenharia para o caixa dois de sua campanha de reeleição, em 2014, e para políticos do seu partido: Filippelli presidia o MDB-DF e também integrava a coordenação de campanha do então vice-presidente da República, Michel Temer. Os recursos teriam sido desviados do Estádio Nacional Mané Garrincha
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Apontado como operador financeiro do MDB, Lúcio Funaro foi preso preventivamente em 1º/7/2016, acusado de participar em desvio de recursos públicos, intermediando propina de empresas para Eduardo Cunha e seu grupo político, que ficou conhecido como Quadrilhão do PMDB (nome anterior do partido). Tornou-se delator da Lava Jato e está em prisão domiciliar.
MICHAEL MELO/METRÓPOLES
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Ex-deputado federal pelo PP-PE e ex-presidente do partido, Pedro Corrêa foi preso preventivamente em 10/12/2015. Em outubro de 2015, o juiz Sérgio Moro condenou-o a 20 anos, 7 meses e 10 dias de cadeia por corrupção, lavagem de dinheiro e participação em desvio de recursos da Petrobras. Teria recebido propina de R$ 11,7 milhões: em uma das 72 práticas de corrupção penalizadas pela Justiça, abocanhou R$ 2,03 milhões