Terceirizados acusam Dnit de pedir opinião sobre Bolsonaro em seleção
Eles denunciaram as perguntas de questionário por ter “cunho político e ideológico”. Órgão informou que não elaborou o documento
atualizado
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Funcionários terceirizados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) denunciaram um questionário aplicado durante processo de seleção por conter questões de cunho político e ideológico. Entre as perguntas, havia uma para saber a opinião do profissional sobre a intenção de Jair Bolsonaro (PSL) em tirar os equipamentos de fiscalização eletrônicas das rodovias brasileiras. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Ao todo, 50 profissionais que atuavam na Coordenação de Operações Rodoviárias e na Procuradoria Federal especializada precisavam responder o questionário, mas decidiram boicotar o documento.
De acordo com a reportagem, as perguntas deveriam testar o conhecimento teórico dos funcionários para que o Consórcio Processamento e Tecnologia (CPT) pudesse determinar quais trabalhadores seguiriam no órgão.
Uma outra pergunta também gerou polêmica entre os trabalhadores por pedir a opinião de quem respondia sobre as questões políticas e econômicas dos países da América do Sul. A reforma da Previdência – uma das principais bandeiras do governo Bolsonaro – também foi abordada no documento.
Recentemente, segundo o veículo, o Dnit decidiu demitir 50 funcionários terceirizados e recontratar alguns após o anúncio de Bolsonaro sobre a retirada dos radares.
Dos 50 selecionados para responder o questionário, apenas cinco aceitaram. O restante preferiu ser demitido e não participar do processo de seleção.
Procurado pelo veículo, o Dnit informou que não participou da elaboração do questionário. Já a CPT explicou que o objetivo das perguntas era buscar um funcionário isento.