“Tenho vontade de visitar Cabral e lhe dar um abraço”, diz Pezão
A menos de três meses de deixar o cargo, o governador do Rio admite que o ex-governador, que cumpre pena na Lava Jato, teve “falhas”
atualizado
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A menos de três meses de deixar o cargo, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB), diz que gostaria de “dar um abraço” no ex-governador Sérgio Cabral, companheiro de partido e de grupo político que cumpre pena por condenações da Lava Jato.
Pezão Admite que seu antecessor teve “falhas” e não nega que ele tenha cometido crimes, mas se recusa a atribuir a crise do Rio de Janeiro ao saque dos cofres do estado promovido pela suposta quadrilha que teria sido chefiada por seu padrinho político.
Pezão reconhece que Cabral mostrava um padrão de vida “elevado”, mas afirma que a crise teve outras causas.
“O que quebrou o Rio foi (a queda das cotações internacionais do) o petróleo, a Lava Jato, a queda da economia, tudo junto”, disse o governador , em entrevista ao Estado concedida antes do primeiro turno das eleições.
Ele contou que também gostaria de visitar outro amigo preso pela Lava Jato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), trancafiado na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Mostrando-se aliviado por deixar o governo sem atrasos dos salários dos servidores e com obras em andamento, Pezão lembrou o agressivo câncer linfático que enfrentou. “Meu corpo virou uma geleia, não tinha um músculo”, declarou. “Faço fisioterapia três vezes por semana para recuperar.”