Temporão sobre reunião com TCU: “Evidências apontam crimes e omissões”
Integrante do GT da Saúde e ex-ministro dos governos Lula e Dilma, José Gomes Temporão detalhou conclusões feitas após reunião com TCU
atualizado
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Durante reunião do grupo de transição para a Saúde, na manhã desta sexta-feira (25/11), integrantes da equipe, além de criticarem a gestão do governo de Jair Bolsonaro em relação à pandemia, deram detalhes de reunião com o Tribunal de Contas da União (TCU).
Na terça-feira (22/11), o grupo se encontrou com o ministro Bruno Dantas, do TCU, que apresentou à transição um documento contendo dados sobre o status atual da máquina pública. No mesmo dia, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também conversou com os representantes do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Integrante do grupo de transição, José Gomes Temporão, pesquisador da Fiocruz, membro da Academia Nacional de Medicina e ex-ministro da Saúde nos governos Lula e Dilma Rousseff, considerou que há evidências de que o governo se omitiu sobre questões de saúde.
“Foi uma reunião muito importante, porque estabelecemos um canal entre as duas equipes. Existe uma série de evidências e documentações que apontam para crimes e omissões e situações extremamente graves”, disse Temporão.
Segundo o ex-ministro Temporão, uma das omissões mais graves foi “contra comunicação”. Enquanto estados e municípios, cientistas, pesquisadores e sanitaristas e as mídias se esforçavam em divulgar e informar adequadamente a população sobre as medidas de prevenção, o uso de máscaras, higiene, vacinação e distanciamento, o governo se organizou para divulgar informação antagônica”, explicou.
Ele informou que houve imposição de sigilo, por parte do Ministério da Saúde, sob compras de vacinas e medicamentos. Os relatórios específicos ainda serão enviados.