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Temer viajará à Ásia e Cármen Lúcia deve assumir de novo a Presidência

Objetivo da viagem do emedebista é promover agendas empresariais e ter encontros políticos com chefes de Estado asiáticos

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Marcos Corrêa/PR
Temer e Carmen
1 de 1 Temer e Carmen - Foto: Marcos Corrêa/PR

Depois de adiar um giro pelo sudeste asiático em janeiro, por causa de problemas de saúde, o presidente Michel Temer (MDB) voltou a programar a viagem para a região e deve se ausentar por quase 10 dias em maio, o que obrigará a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia a assumir novamente a Presidência da República.

Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira, que são o primeiro e o segundo, respectivamente, na linha de sucessão presidencial – pois o Brasil não conta hoje com um vice-presidente –, não podem assumir o cargo por causa de uma vedação da lei eleitoral.

Temer deve deixar o Brasil no próximo dia 5 e passar por quatro países asiáticos. De 7 a 9 de maio, o presidente visitará Singapura. Na sequência, vai a Bangcoc (Tailândia), onde deve chegar no dia 9 e partir no dia 10. Depois, entre 10 e 12 de maio, visitará Jacarta (Indonésia). E, por fim, passará outros dois dias em Hanói (Vietnã).

O objetivo da viagem do presidente – além de encontros políticos, já que deve ser recebido por todos os chefes de Estado dos países visitados – é promover uma série de agendas empresariais. Os compromissos oficiais e a comitiva de Temer ainda estão sendo definidos. Possivelmente, a companhia será formada por ministros e alguns empresários brasileiros.

O Itamaraty negociou a nova data após o presidente ter sido vetado da agenda no continente por recomendações médicas. No fim do ano passado, Temer foi submetido a um procedimento cirúrgico por causa de problemas urológicos, pois as longas horas de deslocamento atrapalhariam a recuperação do presidente.

Irritação
As viagens de Temer têm irritado os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE). A irritação se deve ao fato de que terão de se ausentar do Brasil durante a campanha eleitoral, quando o democrata quer disputar o Planalto, e o emedebista, a reeleição.

Até outubro, Temer tem pelo menos outras duas viagens previstas. Em julho, o presidente deve ir à África do Sul para participar da reunião dos Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Em setembro, em plena campanha, o emedebista pretende participar da Assembleia Geral da ONU, em Nova York (EUA).

Maia ainda não bateu o martelo para onde irá quando Temer estiver no sudeste Asiático. Ele avalia ir para a Europa. O presidente da Câmara costuma abrir mão dos US$ 550, o equivalente a R$ 1.870, de diária a que tem direito, mas costuma levar outros deputados, que podem receber US$ 428 (R$ 1.455) por dia.

Na viagem de Temer ao Peru na semana passada, Maia embarcou na quinta-feira (12/4) para o Panamá, onde participou de reunião da Junta Diretiva do Parlamento Latino-Americano e do Caribe. A agenda se estendeu até a manhã do domingo (15) e incluiu visitas ao Canal do Panamá e almoço com parlamentares panamenhos.

O presidente da Câmara viajou acompanhado de quatro deputados: Benito Gama (PTB-BA), Elmar Nascimento (DEM-BA), Heráclito Fortes (DEM-PI) e Hiran Gonçalves (PP-RR). A assessoria da Casa informou que Maia abriu mão da diária. Os outros parlamentares, porém, receberam a ajuda de custo.

Já o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), também não decidiu para onde irá durante a próxima viagem de Temer. Aliados dizem que ele considera acompanhar o presidente da República durante o giro pela Ásia, mas eles ainda devem conversar pessoalmente sobre o assunto.

Por causa da recente viagem de Temer ao Peru, Eunício Oliveira embarcou na última sexta-feira (14) em missão oficial para o Japão e só retornará nesta sexta (20). Ele foi acompanhado da mulher e bancará com recursos próprios os gastos do casal. A expectativa é que Oliveira faça o mesmo numa próxima viagem.

O presidente do Senado também foi acompanhado: pelos senadores Jorge Viana (PT-AC) e Antonio Anastasia (PSDB-MG), além de outros dois servidores que fazem parte da comitiva. Com isso, o Senado informa que os custos com as passagens e seguros-viagem dos demais integrantes da comitiva somaram um total de R$ 80.861,24. Os valores totais pagos em diárias correspondem a R$ 44.584,50.

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