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Temer se licencia da liderança do PMDB e Jucá assume para blindá-lo

A saída temporária de Michel Temer da presidência do PMDB ocorre exatamente uma semana após a Executiva Nacional do partido ter decidido, por aclamação, romper com o governo de Dilma Rousseff

atualizado

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
Dilma Rousseff, Michel Temer
1 de 1 Dilma Rousseff, Michel Temer - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Numa estratégia para tentar tirar o vice-presidente Michel Temer da linha de tiro dos ataques, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) assumiu na manhã desta terça-feira (5/4), a presidência do PMDB. Temer decidiu se licenciar do comando do partido e repassou a direção para Jucá, eleito primeiro vice-presidente da legenda em convenção partidária realizada no dia 12 de março.

A saída temporária de Temer da presidência do PMDB ocorre exatamente uma semana após a Executiva Nacional do partido ter decidido, por aclamação, romper com o governo da presidente Dilma Rousseff e determinado a entrega imediata dos sete ministérios e cerca de 600 cargos de livre nomeação ocupados por filiados do partido ou indicados pela legenda.

Desde o desembarque oficial do PMDB, ministros palacianos, petistas e até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva intensificaram as críticas a Temer ao insinuar ou acusar o peemedebista de tramar um “golpe” para derrubar a presidente Dilma Rousseff.

Precipitação
Até o momento, apenas um dos sete ministros – Henrique Eduardo Alves, do Turismo – e pouco mais de 1% dos principais cargos ocupados por ligados ao partido deixaram os postos na administração federal. Isso seria um indicativo, conforme críticos, de que houve precipitação do grupo de Temer para romper com o governo.

O vice e aliados dele rebatem as críticas, alegando que o impeachment tem previsão constitucional e atuam para fazer valer o desembarque determinado na semana passada – integrantes do primeiro escalão, como Kátia Abreu (Agricultura) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) estão sob ameaça de responderem a processo de expulsão do partido. O peemedebista assume a Presidência em caso de afastamento de Dilma.

Jucá tem avaliado a interlocutores que Temer precisa se preservar, uma vez que o vice não é apenas o vice, mas pode, sim, assumir o cargo. Ele funcionaria, dessa forma, como um anteparo diante das queixas e acusações. “Não dá para Temer ficar nessa briga de rua”, disse a pessoas próximas.

A avaliação feita pelo peemedebista nos últimos dias, que é próximo ao vice, é que o impeachment não está escapando do vice. A entrada do ex-presidente Lula, considera, dá a impressão de que o ambiente estaria sendo revertido em favor de Dilma. Mas ele avalia que é “muito certo” que haverá o impeachment da presidente.

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