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Temer recebe Evo Morales para discutir agenda bilateral

O presidente boliviano, que chamou de golpe o impeachment de Dilma Rousseff, e o mandatário brasileiro assinaram atos de cooperação

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Temer e Morales2
1 de 1 Temer e Morales2 - Foto: Rafael Felicciano/Metrópoles

Recuperado de uma raspagem na próstata e de um cateterismo que adiaram o encontro, o presidente Michel Temer recebeu em Brasília, nesta terça-feira (5/12), o mandatário da Bolívia, Evo Morales. Na pauta, uma agenda bilateral de negócios. Após reunião no Palácio do Planalto, Temer ofereceu à comitiva boliviana um almoço no Itamaraty.

Morales chegou ao Planalto, por volta das 11h25, e foi recebido por Temer no alto da rampa. Eles ouviram os hinos brasileiro e boliviano, e foram apresentados às respectivas comitivas. Na brasileira, estavam os ministros Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Eliseu Padilha (Casa Civil), Torquato Jardim (Justiça), Sergio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional), Maurício Quintella Lessa (Transportes) e Fernando Bezerra Coelho (Minas e Energia).

No encontro bilateral, Temer e Morales assinaram ato de cooperação policial para a prevenção e o combate ao crime organizado transnacional. E também um memorando de entendimento para instalação do corredor ferroviário bioceânico central, que permitirá a integração entre Brasil, Bolívia e Peru. A ideia é ligar o porto de Santos, no Oceano Atlântico, ao de Ilo, no Pacífico.

Antes da reunião com Temer, Morales se encontrou com os governadores Tião Viana (Acre), Confúcio Moura (Rondônia), Pedro Taques (Mato Grosso) e Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul), todos de estados da região próxima à fronteira com a Bolívia. Com eles, discutiu a integração energética (venda de gás e energia, e construção de hidrelétricas e termoelétricas) e a instalação de um porto fronteiriço na cidade boliviana de Puerto Ustarez, onde o grupo se encontrará novamente, no dia 30 de janeiro. Também foram acertadas propostas comerciais e de transporte.

Golpe
Evo Morales foi um crítico do processo de impeachment que destituiu Dilma Rousseff da Presidência. Ele também era um aliado do ex-presidente Lula, durante seus dois mandatos. Assim que Dilma foi afastada pelo Congresso Nacional, Morales foi categórico e afirmou que a decisão era um “golpe”.

Imediatamente após o impeachment, ele retirou seu embaixador de Brasília, o que representa um protesto contundente. Em reação, o Brasil fez o mesmo na Bolívia. O gesto foi revertido semanas depois, e as relações diplomáticas entre os dois países jamais foram rompidas. Em entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo em maio passado, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, já classificava a relação bilateral como “normal”. Há dois meses, o chanceler da Bolívia, Fernando Huanacuni, esteve no Brasil e anunciou a vinda de seu presidente. (Com informações da Agência Estado)

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