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Temer: “Não tenho simpatia pela lista fechada”

“Se eu puder dizer, a melhor fórmula é a do voto majoritário”, disse o presidente, ressaltando que não gostaria de interferir no trabalho

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michel temer presidente
1 de 1 michel temer presidente - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Michel Temer disse que “não tem tanta simpatia” pela chamada lista fechada — proposta que vai constar do relatório do deputado Vicente Cândido (PT-SP) na Comissão da Reforma Política da Câmara, que deve ser levada à votação pelos parlamentares em maio. “Se eu puder dizer, a melhor fórmula é a do voto majoritário”, afirmou o presidente, ressaltando que não gostaria de interferir no trabalho do Legislativo.

Pela lista fechada, o eleitor vota em uma seleção de candidatos já estabelecida pelo partido. Já pelo sistema preferido por Temer, o voto é direcionado ao próprio candidato. O presidente concedeu entrevista ao jornalista Roberto D’Avila, veiculada na noite desta quarta-feira (22/3), na GloboNews.

Questionado sobre as eleições de 2018 e a baixa popularidade constatada em pesquisas de opinião, Temer afirmou, sem mencionar nomes, “que os que se dizem fortes destruíram o País”. “Nesse sentido, eu prefiro ser fraco do que a fortaleza”, disse o presidente. Segundo Temer, há uma confusão entre uma “educação cívica” da parte dele e uma “eventual fraqueza”. “Eu não vou mudar meu jeito.”

Temer falou ainda que pretende se reunir com ex-presidentes, por sugestão do petista Luiz Inácio Lula da Silva, com quem se encontrou no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para prestar condolências pela morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia, em fevereiro. Segundo o peemedebista, Lula afirmou que eles “precisavam conversar mais”. “Vou verificar se essa disposição continua.”

Com relação ao envolvimento de ministros em investigações da Lava Jato, como o secretário-geral da Presidência, Moreira Franco, e o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, citados nas delações de executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht, Temer repetiu as regras que estabeleceu para estes casos. “Quando o Ministério Público denuncia, eu afasto provisoriamente. Quando a denúncia é aceita, é considerado réu, o afastamento é definitivo.”

O presidente também comentou sobre a rápida mudança do Palácio do Alvorada – onde permaneceu com a família por apenas uma semana. “Gosto mais do Jaburu.”

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