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“Temer não tem culpa sobre ES antes do envio de tropas”, diz Jungmann

Ministro da Defesa disse que as Forças Armadas e a Força Nacional desembarcaram no estado assim que o governador solicitou

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O presidente Michel Temer entregou condecorações a 11 colombianos que auxiliaram no resgate às vítimas do voo da Chapecoense  – Brasília – DF 16/12/2016
1 de 1 O presidente Michel Temer entregou condecorações a 11 colombianos que auxiliaram no resgate às vítimas do voo da Chapecoense – Brasília – DF 16/12/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, eximiu nesta segunda-feira (13/2) o governo Michel Temer (PMDB) de responsabilidade sobre o terror e a falta total de ordem pública que atingiu o Espírito Santo, antes do envio das Forças Armadas e da Força de Segurança Nacional. As tropas desembarcaram no estado na última segunda (6), por causa da paralisação da Polícia Militar.

Segundo o ministro, tão logo o governador em exercício, César Colnago (PSDB), pediu ajuda das forças de segurança federais, o atendimento foi rápido. “O pedido formal do governo estadual chegou às 10h de segunda e, às 17h, já tínhamos homens em Vitória”, explicou Jungmann.

“Desde segunda-feira, quando iniciamos nossa ação, embora algumas mortes ainda tenham acontecido, o que diz respeito à ordem pública foi restabelecido, não houve mais arrombamentos e arrastões. As Forças Armadas atuaram com eficiência e velocidade”.

Desde o início do motim, 147 pessoas morreram vítimas de crimes violentos no estado, de acordo com balanço do Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sindpol-ES). Neste domingo (12), após reunião com Temer, Jungmann admitiu que a crise na segurança pública capixaba causou desgaste para a imagem do país por causa da situação de intranquilidade da população.

Questionado sobre uma possível demora do presidente da República em se pronunciar sobre o caso, o ministro afirmou que “mais importante do que falar é agir”. “Assim que Temer recebeu a ligação do governador em exercício, ordenou imediatamente a nossa ação, o que alivia a população”, argumentou.

Jungmann ainda disse que, segundo o informe preliminar do Comandante Militar do Leste, os serviços básicos, como bancos, transporte público e escolas, estão se normalizando na Grande Vitória, e, embora não tenha informações sobre o interior, afirmou que acredita que tudo também esteja caminhando para a normalidade.

De volta à ativa
O ministro disse que 1,4 mil policiais militares já voltaram ao trabalho nesta segunda e que, ao longo do dia, esse número deve aumentar. Segundo ele, muitos PMs foram impedidos de trabalhar pelos mais radicais, mas, para ele, o movimento deve perder força, uma vez que a capacidade de pressão do motim era o medo da população, que agora está recuperando a normalidade.

Jungmann informou que há ainda 3.130 homens das Forças Armadas e da Força Nacional nas ruas capixabas, efetivo maior do que a Polícia Militar normalmente mantém em patrulhamento. O reforço deve ficar no estado até a quinta-feira, 16, mas esse período pode ser estendido por Temer caso haja alguma avaliação nesse sentido do governo estadual.

Rio de Janeiro
Sobre a situação no Rio de Janeiro, o ministro admitiu que há um protesto similar ao capixaba e que está acompanhando a situação, mas lembrou que os policiais não estão aquartelados. “Estou em contato com o governador (Luiz Fernando) Pezão (PMDB), que disse que quase 100% do efetivo está na rua. De qualquer maneira, o Comando Militar do Leste está preparado para ocupar posições em caso de qualquer eventualidade”, disse.

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