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Temer “montou quase uma quadrilha” no governo, diz presidente do PSB

Declaração de Carlos Siqueira foi dada na abertura do congresso nacional da sigla, nesta noite, em Brasília. Evento vai até sábado

atualizado

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1 de 1 psb109445 - Foto: PSB/Divulgação

Com críticas ao governo do presidente Michel Temer, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, deu início ao congresso nacional da legenda nesta quinta-feira (1º/3). “Temer formou o pior governo da história do Brasil. Ele não montou um governo, montou quase uma quadrilha”, disse.

Em sua fala, Siqueira afirmou que o partido “convidou” os deputados pró-Temer a saírem da legenda por não concordar com o atual governo “conservador” e “de retrocessos”. Ele também fez críticas à reforma da Previdência e comemorou o fato de ela não ter sido aprovada.

O congresso do partido foi pensado para marcar a volta do PSB ao campo da esquerda. Um dos homenageados foi o americano Noam Chomsky, apresentado como um dos grandes críticos ao sistema capitalista.

Indefinição
Siqueira também negou que o partido esteja dividido. Sem a figura de Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco morto em 2014, o PSB ainda não decidiu quem vai apoiar na corrida pela Presidência neste ano.

Uma ala do partido defende aliança com o PT, outra com o PSDB e há quem trabalhe pelo lançamento de uma candidato próprio, que poderia ser o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa.

Com a desistência do vice-governador de São Paulo, Márcio França, de disputar o comando da legenda, o PSB deve reconduzir Siqueira à Presidência no próximo sábado (3). “Eu jamais disputaria com França”, afirmou o atual líder.

O vice-governador trabalha para receber o apoio do governador Geraldo Alckmin (PSDB) na eleição em São Paulo e é um defensor de que o partido apoie o nome do tucano ao Planalto.

O PSB não descarta a possibilidade de ficar neutro na disputa presidencial e dar prioridade às eleições para os governos estaduais. Siqueira defendeu, no entanto, que, diante da crise pela qual passa o país e do fato de o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) estar em segundo lugar nas pesquisas, o partido precisa se posicionar e se unir com outras legendas para impedir que esse “horror político” vença as eleições.

Em memória
A viúva de Eduardo Campos, Renata, participou do evento e se emocionou em diversos momentos. Ela foi às lágrimas quando Siqueira disse que era “impossível” substituir o líder morto.

O congresso desta quinta acontece no mesmo centro de convenções que recebeu o lançamento da candidatura de Campos, em 2014. Ao chegar ao evento, Renata afirmou que o local lhe trazia muitas lembranças. Três dos cinco filhos do casal também participaram da reunião, entre eles o caçula, Miguel, que nasceu meses antes de Eduardo Campos morrer.

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