Temer marca reunião com Alckmin por permanência do PSDB no governo
Presidente se reuniu, na semana passada, com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o presidente interino do partido, Tasso Jereissati
atualizado
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Preocupado com as intensas movimentações de parlamentares do PSDB que pregam o rompimento com o governo, o presidente Michel Temer (PMDB) vai, nesta sexta-feira (2/6), a São Paulo. Ele terá reunião com o governador paulista, o tucano Geraldo Alckmin. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, Temer embarca para a capital paulista no fim da tarde e o encontro com o chefe do Executivo de São Paulo deve ocorrer nesta noite ou no fim de semana.
Temer, que, na semana passada, havia se reunido com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o presidente interino do partido, Tasso Jereissati (CE), e ouviu deles apoio ao seu governo, viu crescer esta semana a pressão de vários tucanos. Isso levou o cearense a agendar para terça-feira (6), mesmo dia do julgamento da chapa Dilma/Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), reunião para a tomada de decisão sobre romper ou não com o governo.
Com isso, o presidente se apressou e, se antecipando à reunião, vai pedir ajuda a Alckmin para conter a bancada paulista. Ele tem medo de que esse movimento adiante o que poderá ocorrer na terça-feira e contamine o resto do partido.
Temer está convencido de que Alckmin poderá ajudar a segurar essa possível sangria, que não tem só apoio de alguns paulistas, mas da ala mais jovem da legenda. O PSDB atualmente é considerado um fiel da balança para o governo. O partido tem quatro ministros e um deles com assento no Palácio do Planalto: Antonio Imbassahy, ministro-chefe da Secretaria de Governo, responsável pela articulação com o Congresso.
Temer já tem feito movimentações e tem chamado para conversas parlamentares do PSDB e outros partidos. O objetivo é assegurar apoio para votações e para barrar uma possibilidade de aprovação de pedido, pela Procuradoria-Geral da República (PGR), no plenário do Congresso, de abertura de inquérito contra ele.
Um racha na bancada tucana, neste momento, seria mais um problema para Temer, que na quinta-feira (1°), viu uma ala de seu partido, o PMDB, cobrar uma postura “mais rígida” do Palácio do Planalto em relação aos tucanos.