Temer lamenta mortes em protestos na Venezuela
O presidente afirmou que está acompanhando com preocupação os acontecimentos no país
atualizado
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O presidente Michel Temer lamentou as mortes ocorridas na Venezuela durante as manifestações contra e a favor o governo de Nicolás Maduro, ocorridas nesta quarta-feira (19/4). Em sua conta oficial no Twitter, Temer afirmou que está acompanhando com preocupação os acontecimentos no país vizinho.
“Acompanhamos com preocupação a situação na Venezuela. Lamentamos, em particular, as mortes nas manifestações de ontem. Nossas condolências aos familiares das vítimas. O Brasil está, sempre, ao lado do povo venezuelano. Esperamos que encontrem o caminho da paz”, disse o presidente na rede social. Durante os protestos de ontem na área metropolitana de Caracas e em 14 estados do país, três pessoas morreram, 62 ficaram feridas e 312 foram detidas.
Acompanhamos com preocupação a situação na Venezuela. Lamentamos, em particular, as mortes nas manifestações de ontem.
— Michel Temer (@MichelTemer) 21 de abril de 2017
A relação entre os dois países mudou após o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Ela apoiava o governo de Maduro que, por sua vez, criticou o processo que resultou no afastamento da petista. Assim que assumiu a presidência, Temer estreitou relações do Brasil com a Argentina, de Mauricio Macri, e se distanciou da Venezuela.
Crise
Nesta quarta-feira, a Venezuela foi palco manifestações a favor e contra o governo de Nicolás Maduro. Milhares de venezuelanos – convocados pelo governo – saíram as ruas da capital Caracas para comemorar os 207 anos do primeiro grito de independência contra o império espanhol. Ao mesmo tempo, outras multidões – convocadas pela oposição – marcharam para denunciar o “golpe” do presidente Maduro.
Na véspera dos protestos, Maduro convocou os militares, as forças de segurança e também as milícias civis armadas para protegê-lo contra um suposto golpe de Estado que, segundo ele, estaria sendo tramado pelos Estados Unidos com o apoio de seus adversários. O país enfrenta atualmente uma séria crise econômica, marcada por uma inflação anual de 700% e escassez de medicamentos e alimentos. O país também está cada vez mais isolado internacionalmente e o governo é acusado de violar a ordem democrática.