‘Temer estará mais próximo das nossas decisões’, diz novo líder do PMDB na Câmara
A atuação do vice ao lado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segundo integrantes da legenda, foi crucial para a destituição do deputado Leonardo Picciani (RJ) do cargo
atualizado
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Alçado à liderança do PMDB da Câmara, com apoio de 35 dos 66 deputados, Leonardo Quintão (MG) admite que as decisões da bancada também passarão pelo vice-presidente da República e presidente nacional do partido, Michel Temer.
A atuação do vice ao lado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segundo integrantes da legenda, foi crucial para a destituição do deputado Leonardo Picciani (RJ) do cargo. O deputado fluminense é aliado da presidente Dilma Rousseff e vinha atuando contra o impeachment na Câmara.
“O Michel Temer estará sim mais próximo das nossas decisões, como conselheiro”, afirmou Quintão ao jornal O Estado de S. Paulo na noite desta quarta-feira (9/12), horas após se reunir com o vice no Palácio do Jaburu, residência oficial. “Estive com o vice-presidente para comunicá-lo que fui convidado para assumir a liderança. E pedi a ele que esteja mais próximo da bancada. E ele ficou muito feliz, disse que o convite o anima muito”, ressaltou Quintão.O novo líder minimizou, contudo, o racha no partido e a forma como foi conduzido ao comando da bancada. Em tese, o mandato de Picciani na liderança do PMDB se encerraria apenas no próximo ano.
O deputado fluminense entrou em confronto direto com parte da cúpula do partido no processo de escolha dos nomes que irão compor a comissão especial que irá tratar do impeachment da presidente. Picciani defende uma composição com deputados pró-governo. “Eu fui convocado para uma missão que é unir o partido e me sinto honrado. Essa questão momentânea irá passar, vamos unificar o partido”, considerou Quintão.
Sobre como ficará a composição da comissão especial, o novo líder ressaltou que a decisão caberá à bancada. “Toda decisão será tomada em reunião de bancada. A decisão da maioria será respeitada. Se ela definir que as cadeiras sejam divididas igualmente entre os grupos ou que outra forma, eu vou respeitar. O que não posso fazer é tentar impor o que eu penso em cima da bancada”, afirmou.