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Temer envia carta a parlamentares para se defender de delações

Documento está sendo entregue em mãos a senadores e deputados. Análise de denúncia contra presidente na CCJ terá início nesta terça (17)

atualizado

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1 de 1 temer2 - Foto: DANIEL FERREIRA/METRÓPOLES

Na véspera de a Câmara dos Deputados analisar a segunda denúncia enviada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) à Casa, o presidente Michel Temer (PMDB) distribui, desde o início da tarde desta segunda-feira (16/10), uma carta a deputados e senadores. Nela, o peemedebista se defende das acusações contra ele.

Cita uma “conspiração” para derrubá-lo da presidência e afirma estar sendo vítima, desde maio, “de torpezas e vilezas”. Em seguida, Temer refuta as delações dos executivos do grupo J&F e do operador Lúcio Funaro e critica o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, a quem acusa de ter participado de uma “urdina conspiratória”, por meio do ex-procurador Marcello Miller.

Começo pelo áudio da conversa entre os dirigentes da JBS. Diálogo sujo, imoral, indecente, capaz de fazer envergonhar aqueles que o ouvem. Não só pelo vocabulário chulo, mas pelo conteúdo revelador de como se deu toda a trajetória que visava a impedir a prisão daqueles que hoje, em face desse áudio, presos se encontram.

Presidente Michel Temer (PMDB), em carta enviada a parlamentares

Para defender-se das acusações da PGR, Temer cita ainda o ex-deputado Eduardo Cunha, em entrevista publicada pela revista Época. “O ex-deputado Eduardo Cunha disse que a sua delação não foi aceita porque o procurador-geral exigia que ele incriminasse o presidente da República. Esta negativa levou o procurador Janot a buscar alguém disposto a incriminar o presidente. Que, segundo o ex-deputado, mentiu na sua delação para cumprir com as determinações da PGR. Ressaltando que ele, Funaro, sequer me conhecia”, escreveu.

Confira o documento na íntegra:

Carta – Michel Temer by Metropoles on Scribd

Essa não é a primeira vez que uma carta enviada por Michel Temer a aliados em momentos de crise é revelada pela imprensa. Em 2015, na época do acolhimento do pedido de impeachment contra Dilma Roussef (PT) pelo então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, Temer escreveu uma correspondência endereçada à petista na qual a acusa de tratá-lo como “vice decorativo” e de enxergar o PMDB com desconfiança.

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