Temer e Macri defendem flexibilização do Mercosul
Além disso, os dois dirigentes manifestaram preocupação com a crise política e econômica na Venezuela
atualizado
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Em visita à Argentina, o presidente Michel Temer defendeu a “flexibilização” das regras do Mercosul para fortalecê-lo como instituição e garantir a formalização do acordo de associação com a União Europeia.
Ao lado do mandatário argentino, Mauricio Macri, o peemedebista disse que há uma concordância entre os dois países para “aperfeiçoar” a zona de livre comércio. Em comunicado conjunto, Temer e Macri se comprometeram ainda em definir uma agenda para “consolidar” a união aduaneira e “potencializar” o desenvolvimento dos países que a integram.
“Nesse contexto, congratularam-se pelo processo de coordenação bilateral cada vez mais estreita, em particular no tocante às negociações do Acordo de Associação entre o Mercosul e a União Europeia”, diz uma nota sobre a reunião divulgada pelo Itamaraty. Além disso, eles falaram em intensificar as tratativas com países como Canadá, Coreia do Sul e Índia.
Venezuela
Temer e Macri também manifestaram preocupação com a crise política e econômica na Venezuela, e o presidente do Brasil lembrou que Caracas tem até 2 de dezembro para cumprir os requisitos necessários para sua integração definitiva ao Mercosul.
“Pelo menos do lado brasileiro, nós temos alguma preocupação com a preservação dos direitos políticos e dos direitos humanos na Venezuela”, ressaltou o peemedebista. Já o chanceler José Serra, que acompanhou Temer na viagem, disse que uma ajuda do Vaticano, de Cuba e dos Estados Unidos na crise venezuelana seria “bem-vinda”.
Recentemente, o papa Francisco enviou ao presidente Nicolás Maduro uma carta pedindo “diálogo” entre chavistas e oposição, enquanto a Santa Sé se ofereceu como mediadora entre os dois lados, sob a condição de que ambos façam um convite formal.
Malvinas
No encontro bilateral na Casa Rosada, Temer ainda manifestou apoio à histórica causa argentina pela posse das Ilhas Malvinas, pertencentes ao Reino Unido. Segundo o mandatário brasileiro, Buenos Aires tem “legítimos direitos” na disputa com Londres pelo território.